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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Bolsonaro acerta criação de conselho de articulação com ministros políticos

Jair Bolsonaro (sem partido) participa da cerimônia de hasteamento da bandeira nacional no Palácio do Alvorada ao lado de ministros - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Jair Bolsonaro (sem partido) participa da cerimônia de hasteamento da bandeira nacional no Palácio do Alvorada ao lado de ministros Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

03/02/2021 13h15

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Após emplacar aliados nas presidências do Senado e da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro quer assegurar uma ampla base no Congresso. Na tentativa de fazer avançar a agenda do governo e em meio às negociações da reforma ministerial, o presidente passará a contar com um conselho político formado por alguns de seus ministros.

A ideia é que os ministros se reúnam uma vez por semana para "falar de política" e consigam subsidiar o presidente para suas decisões na relação com o Congresso, agora sob nova direção. A princípio ficou acertado que as reuniões acontecerão às quintas-feiras. A informação foi confirmada à coluna por três fontes do alto escalão do governo.

O grupo será formado pelo atual ministro da articulação Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e por alguns dos atuais titulares da Esplanada que possuem experiência no Congresso.

Farão parte do grupo a Tereza Cristina (Agricultura) e ministro Onxy Lorenzoni, que está no comando da Cidadania, mas deverá voltar ao Palácio do Planalto em breve no controle da Secretaria-Geral. Os dois foram, inclusive, licenciados para votar no candidato do governo ao comando da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas já retornaram ao comando das pastas.

Também integrará o grupo e estará nas reuniões semanais o ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, que sempre foi reconhecido por seu bom relacionamento com os parlamentares.

Por fim, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, recentemente criticado por ações de sua pasta na crise da saúde, também foi convidado a integrar o grupo. Faria é deputado licenciado pelo PSD.

A avaliação feita no governo é de que o passado parlamentar dos ministros e as negociações com o Congresso podem ser facilitadas com uma articulação mais ampla.

Além de Ramos, que não tem passado de ligação política e partidária, o grupo terá a presença de um outro ministro de origem militar e sem passado político: Braga Neto, da Casa Civil, já que é sua pasta a responsável pelo centro de governo.