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Ibovespa: Campos Neto no Senado e inflação nos EUA mexem com o mercado hoje

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No Brasil, investidores acompanham o mercado externo e aguardam dados de inflação dos EUA. A agenda local reserva os números do setor de serviços, que cresceu 0,2% em junho, emendando seu segundo resultado positivo. Também estão no radar as falas sobre inflação e juros do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência no Senado. Investidores ainda repercutem os resultados corporativos divulgados ontem — Banco do Brasil, Minerva, Hapvida e Rede D'Or — e esperam por novos balanços. Mais de 60 companhias vão divulgar seus números nesta semana.

Futuros americanos sobem, à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor. O chamado CPI é importante porque vai balizar as expectativas sobre os juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), em setembro. Também serão publicados os números de pedidos de seguro-desemprego e o resultado fiscal de julho. O mercado ainda repercute a decisão do presidente Joe Biden de impor limites para regular os investimentos em algumas empresas chinesas de semicondutores, computação quântica e inteligência artificial.

Bolsas europeias operam em alta, de olho na inflação americana. Paralelamente, o BCE (Banco Central Europeu) publicou um boletim em que reforça as incertezas para a inflação e para a atividade econômica na Zona do Euro. O autoridade monetária também repetiu que vai fazer o necessário para levar a inflação de volta à meta de 2%, enfatizando que vai agir a partir dos próximos indicadores divulgados.

Na Ásia, as Bolsas fecharam de forma mista, em meio à expectativa por mais estímulos na China. A Bolsa de Xangai terminou o dia em alta de 0,31%, enquanto a de Shenzhen subiu 0,13%. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,84%, e o sul-coreano Kospi registrou baixa de 0,14% em Seul. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão praticamente estável, subindo 0,01%. Em Taiwan, o Taiex caiu 1,4%.

Banco do Brasil tem lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões no segundo trimestre. O resulto representa alta de 11,7% frente ao mesmo período em 2022 e está acima do esperado pelo mercado, que projetava lucro de R$ 8,592 bilhões. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) fechou em 21,3%, crescimento de 0,3 ponto percentual em relação aos três primeiros meses de 2023. A margem financeira líquida ficou em R$ 15,711 bilhões, alta de 11,3% na comparação anual.

Provisionamento do BB cresce 22,6% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o banco, o aumento é consequência do agravamento em linhas de créditos não consignados na carteira pessoa física e da piora dos riscos na carteira pessoa jurídica. Esta última ainda foi impactada pela alta do nível de risco de crédito da Americanas.

Grupo de educação Cogna reverte prejuízo. Dono da Vasta, Saber e Kroton divulgou lucro líquido ajustado de R$ 10,99 milhões no segundo trimestre, após prejuízo ajustado de R$ 36,595 milhões nos mesmos três meses de 2022. Segundo a companhia, o crescimento entre trimestres é resultado da combinação do aumento de 18,4% no resultado operacional; elevação de reversões de contingências; e melhora de 5,1% no resultado financeiro. A margem líquida ajustada cresceu 4 pontos percentuais em um ano, de -3,2% para 0,8%.

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Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, tem piora nos números. O lucro líquido do segundo trimestre ficou em R$ 120,7 milhões, queda de 71,6% em relação ao mesmo período de 2022. A geração de caixa medida pelo Ebitda recuou 8,6%, para R$ 711,2 milhões, e a receita líquida diminuiu 14,1%. Segundo a empresa, a queda reflete a suspensão temporária da exportação de carne bovina para a China em março, devido à confirmação de um caso atípico da doença da "vaca louca" no Pará. Os preços médios dos cortes vendidos ao país asiático também foram reduzidos, impactando o resultado.

Minerva vai pagar R$ 114 milhões em dividendos. O Conselho de Administração da Minerva Foods aprovou o pagamento de R$ 114 milhões em dividendos aos acionistas, o equivalente a R$ 0,194 por ação. Terão direito aos valores os detentores de ações da companhia em 14 de agosto. O pagamento será feito em 23 de agosto.

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Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quarta-feira (9):

Dólar: +0,15%, a R$ 4,905
Euro: +0,3%, a R$ 5,383
B3 (Ibovespa): -0,57%, aos 118.408,77 pontos

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