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Ibovespa hoje: Inflação no Brasil, nos EUA e o que mais move o mercado hoje

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No Brasil, investidores repercutem IPCA de julho. O índice mediu inflação de 0,12% em julho, variação acima do esperado. No ano, o IPCA teve alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%. O maior impacto e a maior alta foi no setor de Transportes, puxado pela gasolina. Os números podem trazer sinalizações sobre os próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária) quanto à trajetória dos juros. Além disso, a agenda corporativa segue bastante aquecida com companhias divulgando seus números nesta sexta-feira.

Os futuros americanos operam sem direção única. Depois da inflação ao consumidor (CPI), que foi divulgada na quinta (10), os investidores repercutem hoje a inflação do produtor (PPI). Além disso, a Universidade de Michigan divulga seu tradicional relatório de sentimento de confiança. O mercado ainda repercute os indicadores vindos da Europa e as preocupações quanto à atividade chinesa.

As Bolsas europeias registram queda após dados do Reino Unido surpreenderem negativamente. O resultado reforça a expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE) terá de continuar aumentando os juros para conter a inflação, o que tende a ser negativo para as ações. Também foi divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido, que cresceu 0,2% no segundo trimestre frente aos três meses anteriores — número acima do previsto. Já a produção industrial em junho avançou 1,8% em relação a maio, também melhor do que o esperado.

Na Ásia, as Bolsas fecharam no negativo, puxadas pelos temores com o setor imobiliário da China. A incorporadora Country Garden deixou de pagar juros nesta semana, o que pode resultar em inadimplência. Também pesam sobre os mercados asiáticos as perspectivas para os juros nos EUA e a decisão do presidente americano Joe Biden de impor limites para regular investimentos em algumas empresas chinesas de semicondutores, computação quântica e inteligência artificial. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 2,01% e a de Shenzhen caiu 1,92%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,9%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,4%, enquanto o índice Taiex caiu 0,2% em Taiwan.

No corporativo, a Via (VIIA3) reportou resultado decepcionante. Houve prejuízo líquido de R$ 492 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o lucro de R$ 6 milhões do mesmo período de 2022. Na parte operacional, a receita líquida apresentou queda de 2,1% sobre o mesmo período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrou tombo de 32,1% no comparativo anual, com queda de 2,7 pontos percentuais na margem Ebitda que atingiu 6,3%. A piora nos números refletem a queda no e-commerce, onde seu volume bruto de vendas (GMV), recuou 5,1% na base anual, para R$ 3,5 bilhões.

A B3 (B3SA3) registra queda no lucro líquido atribuído aos acionistas. O lucro foi de R$ 1,052 bilhão, representando uma queda de 3,6%. Excluindo itens não recorrentes, tais como despesas de M&A, outras receitas não recorrentes, impactos fiscais e amortização de intangível, o lucro líquido teria atingido R$ 1168 bilhão, queda de 4,3%.

A Oi (OIBR4), reportou prejuízo líquido de R$845 milhões no segundo trimestre de 2023. O saldo negativo é 69,9% maior que o registrado um ano antes. No entanto, a operadora conseguiu reduzir em 33,4% o prejuízo registrado no primeiro trimestre.

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Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quinta-feira (10):

Dólar: -0,47%, a R$ 4,882
Euro: -0,43%, a R$ 5,360
B3 (Ibovespa): -0,05%, aos 118.349,60 pontos

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