Bolsa sobe 1%, e dólar bate recorde em quase 11 meses, com Lula e China
Do UOL, em São Paulo
05/04/2018 17h19
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (5) praticamente estável, como leve alta de 0,04%, cotado a R$ 3,342 na venda. Com isso, a moeda norte-americana atinge novamente no maior valor desde 18 de maio de 2017 (R$ 3,389). O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou ganho de 1,01%, a 85.210,34 pontos.
Na véspera, o dólar teve leve avanço de 0,08%, e a Bolsa caiu 0,31%.
Os mercados foram influenciados nesta sessão, principalmente, pela derrota do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no STF (Supremo Tribunal Federal) e pelo alívio nas tensões comerciais envolvendo Estados Unidos e China.
No início dos negócios desta quinta, o dólar chegou a cair mais de 1%, operando na casa dos R$ 3,30, mas passou a subir à tarde.
Petrobras sobe mais de 3%
Entre os destaques da Bolsa, as ações da Petrobras (+3,78%) ficaram entre as maiores altas do dia. Os papéis do Banco do Brasil (+2,92%), da mineradora Vale (+1,65%), do Itaú Unibanco (+0,2%) e do Bradesco (+0,31%) também tiveram ganhos. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Derrota de Lula no STF
Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo rejeitaram, na madrugada desta quinta, pedido de habeas corpus do ex-presidente. Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto, foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.
O ex-presidente é considerado pelos mercados financeiros um candidato menos comprometido com o equilíbrio das contas públicas e, mesmo que não concorra, pode atuar como forte cabo eleitoral de outro candidato.
Tensão comercial entre EUA e China
No exterior, investidores estavam mais aliviados após sinais de que os Estados Unidos estão tentando resolver a disputa comercial com a China. Essa percepção ganhou força depois que assessor econômico do presidente Donald Trump disse que o governo norte-americano estava negociando com a China, não se envolvendo em uma guerra comercial.
(Com Reuters)