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Dólar cai a R$ 5,113 após Fed e perspectiva de crédito no país; Bolsa sobe

Imagem: Getty Images

Do UOL*, em São Paulo

02/05/2024 17h26Atualizada em 02/05/2024 17h32

O dólar caiu 1,53% e fechou o dia cotado a R$ 5,113 nesta quinta-feira (2) após a agência de classificação de risco Moody's elevar a perspectiva de crédito do Brasil, enquanto o ambiente internacional se mostrava favorável a risco após o Fed (Federal Reserve; banco central dos EUA) ter reforçado a visão de que cortará juros este ano.

Já o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,95 %, aos 127.122,25 pontos, na primeira sessão do mês de maio, já que a quarta-feira (1º) foi feriado do Dia do Trabalho no Brasil.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere- se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

A Moody's reafirmou na quarta-feira a classificação de risco de crédito do Brasil em "Ba2". A agência alterou a perspectiva do país de "estável" para "positiva", conforme comunicado da agência de rating.

Agência explicou a mudança da perspectiva. De acordo com a Moody's, a alteração é sustentada pela avaliação de que "um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização do peso da dívida do Brasil".

Vários participantes do mercado citaram esse desdobramento como positivo para os ativos brasileiros. Apesar disso, os investidores destacam que não significa que é possível baixar a guarda em relação à saúde fiscal do país, com a própria Moody's citando "solidez fiscal ainda relativamente fraca".

Já no exterior, as autoridades do Fed decidiram na quarta-feira manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano. A decisão foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado financeiro. E, embora o chair do Fed, Jerome Powell, tenha indicado que a inflação elevada pode atrasar o esperado corte de juros, ele se recusou a referendar discussões de que a taxa poderia, na verdade, ser elevada de novo.

A fala de Powell trouxe alívio para os mercados internacionais, segundo Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora. Os mercados do exterior recentemente adiaram ou até mesmo descartaram as apostas em afrouxamento monetário pelo banco central norte-americano neste ano. Juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros.

Na sexta-feira (3), o relatório de emprego fora do setor agrícola dos EUA entrará no foco dos investidores. A divulgação desses dados pode fornecer mais pistas sobre a saúde da economia e a necessidade de cortes de juros.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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