Dólar fecha em forte queda de 2,60%, cotado a R$ 5,038; Bolsa sobe 1,88%
Do UOL, em São Paulo
10/12/2020 17h28Atualizada em 10/12/2020 18h41
O dólar comercial fechou hoje (10) em forte desvalorização ante o real. A moeda norte-americana encerrou as negociações em queda de 2,60%, cotada a R$ 5,038 na venda, na maior queda diária desde o dia 6 de novembro (-2,74%).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ontem (9), a moeda norte-americana teve alta de 0,87%, cotada a R$ 5,172.
Já o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, terminou o dia em alta. O índice subiu 1,88% aos 115.128,63 pontos, maior patamar desde o dia 19 de fevereiro deste ano, quando atingiu 116.517,59 pontos.
As ações da CSN lideraram os ganhos, com 10,5% de alta. Na outra ponta, os papéis da Suzano caíram 3,68%. Ontem (9), o Ibovespa caiu 0,7%, aos 113.001,16 pontos.
Agentes do mercado estão otimistas com a proximidade da vacina contra o coronavírus (covid-19), o que aumenta o apetite por ativos de maior risco, como Bolsa e moedas globais.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou hoje regras que autorizam o uso emergencial e em caráter experimental de vacinas contra o novo coronavírus. Isso significa que a Anvisa poderá analisar pedidos de laboratórios e conceder ou não autorização temporária para aplicação de doses.
A autorização para uso de vacinas poderá ser concedida desde que sejam cumpridos requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia. Com isso, vacinas no Brasil podem entrar em uso emergencial mesmo sem todo o processo de registro. Segundo a Anvisa, ainda não há pedidos de registro em caráter emergencial.
Além disso, o mercado acompanha atento a alta da inflação. Constantemente cobrado por seus apoiadores nas redes sociais pelo aumento no preço dos alimentos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que é melhor para o país um pouco de inflação que o desabastecimento.
"Tivemos um aumento anormal de alguns produtos. Soja, arroz. Agora, é melhor, ou menos ruim, ter uma inflação do que ter desabastecimento", disse o presidente Jair Bolsonaro durante evento em Porto Alegre.
(Com Reuters)