Bolsa cai 2,54% hoje, mas tem alta de 1,12% na semana; dólar vai a R$ 5,304
Do UOL, em São Paulo
15/01/2021 17h22Atualizada em 15/01/2021 18h59
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda hoje (15). O índice caiu 2,54% aos 120.348,80 pontos, mas acumulou alta de 1,12% na semana.
As ações da B2W lideraram os ganhos na Bolsa, com 5,11% de alta. Na outra ponta, os papéis da CSN caíram 8,10%.
Ontem (14), o índice fechou com valorização de 1,27% aos 123.480,52 pontos.
Já o dólar comercial fechou hoje (15) em alta de 1,81% ante o real, cotado a R$ 5,304 na venda. Na semana, a moeda norte-americana registrou queda de 2,07%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ontem (14), a moeda norte-americana teve queda 1,90% ante o real, cotado a R$ 5,210 na venda.
O mercado se mostra pessimista em relação ao real. Estrategistas do Société Générale, acreditando que os mercados devem esperar por mais deterioração fiscal no Brasil, já preveem o dólar a R$ 6.
De acordo com relatório do banco divulgado nesta sexta-feira, o câmbio sofrerá com lento crescimento econômico, deterioração dos cenários fiscal e de dívida e baixos juros. O noticiário sobre vacinas é positivo, mas pode levar tempo até que o imunizante esteja disponível a todos, num contexto em que os casos de covid-19 no país estão em alta.
"Além disso, (Jair) Bolsonaro perdeu capital político nas eleições municipais de novembro, e a baixa visibilidade antes das eleições no Congresso em fevereiro tem prejudicado o cenário para reformas no curto prazo", disse o banco francês.
"O aumento do número de óbitos e hospitalizações reforçando a importância de se vacinar a população o quanto antes", afirmou a equipe do Itaú Unibanco, em relatório.
Em posicionamento institucional diante da nova escalada das contaminações de covid-19, tendo neste momento em Manaus o centro de maior drama por falta de oxigênio em hospitais, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) lembrou nesta sexta-feira (15) que a vacinação em massa é "fundamental" para a retomada da atividade econômica.
Em texto da entidade, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, sustenta que a imunização permitirá reativar setores da economia ao proteger a saúde dos brasileiros e afastar o risco da doença, o que, consequentemente, levará ao retorno dos brasileiros às atividades diárias, assim como a recuperação do consumo e dos investimentos.
À medida que a vacinação for avançando, prossegue a nota da CNI, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas à pandemia se dissiparão.
"A confiança trará novo fôlego ao consumo e à produção, o que acelerará a recuperação das perdas deixadas por esta que é uma das mais graves crises sanitária e econômica enfrentadas pela humanidade", afirma Andrade à Reuters.
(Com Reuters)