Dólar sobe 1,19% e fica cotado a R$ 5,389, maior valor desde janeiro
Do UOL, em São Paulo*
05/07/2022 17h42Atualizada em 05/07/2022 17h55
O dólar comercial fechou o dia em alta de 1,19% e ficou cotado a R$ 5,389, o valor mais alto em cinco meses. No dia 27 de janeiro, a moeda ficou cotada em R$ 5,424.
Na variação semanal, o dólar subiu 1,28% e na mensal cresceu 2,95%. Na variação anual a moeda recuou 3,35%.
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Por sua vez, o Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, caiu na sessão de hoje. A Bolsa encerrou o pregão com recuo de 0,32%, a 98.294,64 pontos.
"Investidores (estão) voltando a se preocupar com a possibilidade de uma recessão na economia global, e, no mercado internacional de câmbio, o dólar assume o modo vencedor", comentou Jefferson Rugik, presidente executivo da Correparti Corretora.
Exacerbam esses riscos as recentes discussões no Brasil sobre corte de impostos e aumentos de gastos, avaliou a instituição financeira. "Riscos de desequilíbrio fiscal aumentaram por aqui, trazendo uma pressão adicional ao real e contribuindo para 'descolamento' da nossa moeda, cujo desempenho tem sido expressivamente pior que o de pares emergentes nas últimas semanas", avaliou a XP em relatório.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Bolsa fecha em queda
A Bolsa chegou ao terceiro dia consecutivo de quedas e encerrou o pregão a 98.294,64 pontos. A queda no Ibovespa foi de 0,32%
Na variação semanal, a Bolsa recuou 0,67%. Na mensal, caiu 0,25% e na anual, 6,23%.
Aqui também pesa a cautela dos investidores por medo de uma recessão global. No cenário brasileiro, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Benefícios preocupa e é considerada por críticos como fiscalmente danosa e algo que leva a um possível impacto inflacionário de longo prazo.
Os papeis de varejistas foram o grande destaque no pregão de hoje. A ação com maior alta foi do Magazine Luiza (MGLU3), que cresceu 11,74%. Na sequência vieram Via Varejo (VIIA3), com 11,48% de alta, e Americanas (AMER3), que subiu 9,73%.
Por outro lado, as baixas foram lideradas pelas petrolíferas. O pior desempenho foi da 3R Petroleum (RRRP3) que caiu 7,44%. PetroRio (PRIO3) teve queda de 7,11% e Petrobras (PETR3 e PETR4) retraiu 4,27% e 3,81%, respectivamente.
*Com Reuters