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Dólar cai a R$ 4,902 após dados de emprego nos EUA; Bolsa também tem queda

Na semana, a moeda americana ainda acumula ganhos de 0,43% frente ao real Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

06/12/2023 17h22Atualizada em 06/12/2023 18h18

O dólar emendou hoje sua segunda queda seguida, esta de 0,48%, e fechou o dia vendido a R$ 4,902. Na semana, porém, a moeda americana ainda acumula ganhos de 0,43% frente ao real.

Já o Ibovespa caiu 1,01% e chegou aos 125.622,65 pontos. Desde segunda-feira (4), o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já recuou 2%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado repercute primeiros dados de emprego nos EUA. A criação de vagas no setor privado ficou abaixo da esperada para novembro, o que mostra que o mercado de trabalho está esfriando gradualmente. Agora, investidores aguardam pelo payroll, um relatório mais abrangente que sai na sexta-feira (8) e é acompanhado de perto pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano).

Com emprego desaquecido, política monetária pode ser mais branda. Analistas alertam, porém, que o relatório divulgado hoje não é um previsor muito fiel dos dados mais abrangentes do governo. Eventuais surpresas com o payroll reverteriam o recente otimismo do mercado global às vésperas da reunião do Fed, que acontece na semana que vem.

Juros estáveis ou em queda nos EUA tendem a favorecer o real. No geral, juros mais baixos nos EUA motivam o mercado a redirecionar recursos para países mais rentáveis, ainda que mais arriscados, como o Brasil — onde os juros básicos (Selic) estão em 12,25%. Nos EUA, a taxa está entre 5,25% e 5%.

Agora, o mercado volta suas atenções para a divulgação dos dados do payroll, que saem na sexta. Ontem, o relatório Jolts trouxe queda na abertura de vagas de emprego e animou investidores. Já aumentaram as apostas de que o primeiro corte de juros pelo Fed deve vir em março.
Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco

(*Com Reuters)

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