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Falta de mão de obra qualificada é o maior problema da construção civil no país

Da *Redação

Em São Paulo

31/01/2011 15h17

A falta de mão de obra qualificada é o principal problema da construção civil do país, segundo sondagem feita pela CNI (Confederação Nacional Indústria), entre os dias 3 e 20 de janeiro, com 375 empresas do setor.

Conforme o levantamento, 68,4% dos empresários do ramo aponta a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em obras como um dos três maiores entraves da atividade.

Nas grandes empresas, o problema é mais crítico. No levantamento da CNI 85,4% das empresas consultadas apontaram a falta trabalhadores qualificados como um de seus principais problemas. Entre as pequenas, 61,5% dos empresários ouvidos reclamaram da falta de mão de obra qualificada. Esses dados se referem aos três últimos meses do ano passado.

De acordo com o gerente executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, a escassez de mão de obra é causada pelo crescimento acelerado do setor da construção combinado com a pequena capacidade de formação de profissionais para a atividade.

Para o executivo, os dados preocupam porque as dificuldades para contratação vêm aumentando e também porque isso pode impactar nos custos da construção e comprometer resultados do setor.

A falta de trabalhadores qualificados, por exemplo, era apontada como um dos principais problemas da construção por 53% dos empresários há um ano - um crescimento de quase 15 pontos percentuais no período. Ao mesmo tempo, o percentual de empresários que consideram o custo da mão de obra como um entrave do setor cresceu de 17% para 27,4% - aumento de 10 pontos percentuais.

Independentemente disso, a sondagem mostrou que a maioria das empresas trabalhou durante todo ano de 2010 em ritmo de atividade acima do usual e com número de empregados crescente. A expectativa para os próximos meses também é de contratações.

Depois da falta de mão de obra qualificada, a carga tributária é o segundo maior entrave para a construção civil, na opinião do empresariado.

*Com informações da Agência Brasil