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Executivos brasileiros têm mais problemas de comunicação, aponta pesquisa

Do UOL, em São Paulo

25/04/2012 11h19

Executivos brasileiros estão entre os que mais sofrem para se comunicar com empresas de outros países, segundo pesquisa “Como barreiras culturais e de comunicação afetam a competitividade dos negócios além das fronteiras” (em tradução livre), realizada pela unidade de inteligência da “The Economist”. O estudo está sendo divulgado nesta quarta-feira (25).

 

De acordo como relatório, 74% dos executivos brasileiros relataram que sua empresa sofreu perdas financeiras por conta de falhas em transações com outros países. Em nível mundial, metade da amostra admitiu tais perdas.

 

Em proporção maior que no restante do mundo, diretores e gerentes do Brasil também afirmaram ter dificuldades para expandir os negócios para além das fronteiras e manter os níveis de produtividade por conta de falhas de comunicação.

 

Problemas para ampliar negócios transnacionalmente foram relatados por 79% dos brasileiros contra 69% da amostra da pesquisa, e perda de produtividade foi indicado por 77% dos nossos conterrâneos, enquanto a mesma questão foi apontada por 60% da totalidade dos entrevistados.

 

É provável que essa maior dificuldade esteja relacionada com o baixo nível de fluência em inglês no Brasil. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês da Education First, publicado no ano passado, o país tem baixo nível de proficiência e está em 31º em um ranking com 44 nações.

 

Amostra da pesquisa

 

A pesquisa foi realizada sob encomenda da escola de idioma e intercâmbio Education First. Foram entrevistados 572 executivos de fevereiro a março de 2012, sendo que 47% eram executivos de nível C (diretoria executiva, como CEOs) ou de diretoria, e mais da metade (53%) trabalham em empresas com receita anual superior a US$ 500 milhões.

 

Todos os executivos representam empresas com presença internacional ou com planos de expansão no cenário internacional. Um pouco mais da metade (51%) das empresas têm sede na Europa Ocidental; quase um quinto (17%) delas têm sede na região Ásia-Pacífico; praticamente uma de cada dez (9%) têm sede na América do Norte e 8% estavam sediadas na América Latina. O restante das empresas representadas na pesquisa é da África, da Europa Oriental e do Oriente Médio.