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Falta mão de obra qualificada para o agronegócio, dizem especialistas

Do UOL, em São Paulo

07/11/2013 16h10

O agronegócio brasileiro se tornou um dos mais produtivos do mundo, mas a formação de profissionais não acompanhou a evolução, afirmaram especialistas que participaram hoje (7) do 14º Congresso Agribusiness, promovido pela SNA (Sociedade Nacional da Agricultura).

Para o presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Maurício Lopes, a solução passa pela adequação dos cursos universitários.

"A complexidade vai marcar a agricultura no futuro. Vamos precisar de pessoas cada vez mais capacitadas e com uma visão ampla do processo. É preciso trabalhar com as universidades para que ajustem seus currículos e sejam adequados à realidade que vivemos e aos novos desafios que estão vindo".

Para Lopes, no entanto, o país tem uma posição privilegiada: "Temos mais de 70 universidades agrárias e institutos que formam técnicos. Só temos que cada vez mais modelar a formação para que tenhamos oferta de profissionais que atendam a um agronegócio tão complexo e tão diverso como é o brasileiro".

O presidente da SNA, Antonio Alvarenga, concordou que a adequação de currículos é um ponto de partida, mas argumentou que é preciso também convencer os jovens de que o campo pode ser promissor.

Alvarenga destacou a necessidade de profissionais de gestão, como economistas agrícolas.

"Hoje o produtor precisa acompanhar o mercado de commodities, a cotação do dólar, os mercados internacionais e conhecer logística. Tem que gerir bem a produção, ganhar produtividade, conhecer técnicas modernas. É um profissional que está sendo muito demandado e que não existe", diz o presidente.

Ele recomenda especialização a quem esteja interessado nesse mercado, com bons cursos universitários e cursos de qualificação em órgãos como o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

(Com Agência Brasil)