Indústria e comércio são 'vilões' do emprego; salário na construção cai 10%
As demissões na indústria e no comércio foram os principais fatores que, em 2015, impulsionaram o aumento do desemprego e a queda da renda do trabalhador, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre dezembro de 2014 e dezembro do ano passado, a indústria teve queda de 8,4% no número de trabalhadores (quase 300 mil pessoas) e o comércio, de 2,5% (112 mil pessoas). Já a construção teve queda de 1,2% (20 mil pessoas).
A pesquisa considera dados das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Salário na construção cai 10%
O aumento do desemprego também afetou o salário dos trabalhadores. A renda média em 2015, descontando o efeito da inflação, foi de R$ 2.235,50 --5,8% menor que no ano anterior. Essa foi a primeira queda no rendimento dos trabalhadores registrada desde 2004.
A principal queda salarial foi na construção: quase 10%. Em 2014, profissionais dessa área tinham rendimento médio de R$ 2.136,87, valor que caiu para R$ 1.925,30 em 2015.
"O processo de perda de ocupação ocorreu principalmente na indústria, que é uma atividade que registra salários maiores do que no comércio e na própria construção, que também dispensaram muita gente em 2015", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
"As demissões [indústria, comércio e construção] puxaram tanto a redução da ocupação quanto a redução do rendimento no ano passado", disse.
Desemprego vai a 6,9%
De acordo com o IBGE, o desemprego foi de 6,9% em dezembro do ano passado. O resultado representa uma queda em relação a novembro (7,5%), mas foi a maior taxa para o mês desde 2007 (7,4%).
De janeiro a dezembro de 2015, o desemprego no Brasil foi de 6,8%, em média. Isso mostra uma alta de 2 pontos percentuais na comparação com 2014 (4,8%), a maior registrada desde que a pesquisa começou, em 2003.
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