Para onde vai o dinheiro arrecadado com o Imposto de Renda?

Todo contribuinte alguma vez já se perguntou para onde vai o dinheiro arrecadado com o Imposto de Renda. A proximidade do período para acertar as contas com o Fisco, reacende a dúvida.

Dinheiro vai para o caixa da União

Como todo imposto, o IR não pode ser destinado a uma despesa específica. Por isso, o que é arrecadado vai para o caixa geral, o Tesouro Nacional e depois distribuído para as despesas públicas gerais.

O caixa público segue o que está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), que define um ano antes como será gasto o orçamento no calendário seguinte.
Professor de MBA da FGV, Anderson Costa de Souza

Recursos são divididos entre União e municípios

Meio a meio. Metade do que é arrecadado com o Imposto de Renda vai para a União e o restante é dividido da seguinte forma:

  • 21,5% para o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
  • 25,5% para o Fundo de Participação dos Municípios;
  • 3% são aplicados em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Divisão entre despesas não é clara

Apesar dessa divisão, não é possível saber quanto vai para cada área. Sabe-se apenas que é usado para custear os gastos públicos em vários âmbitos.

O que a gente sabe é que esse dinheiro vai para algum lugar do Estado. Pode ser desde para pagar a comida do presidente no Palácio, até para construir um hospital. Depois que ele chega ao Tesouro, é repartido em dotação orçamentária, quando é separado para cada área, como saúde, educação, entre outros.
Membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/SP, Roberto Quiroga.

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Valores ajudam no desenvolvimento do país

Os recursos repassados a estados e municípios são destinados a arcar com as despesas da máquina pública. Também são usados para oferecer estrutura necessária à população em áreas como saúde, educação, cultura, lazer, entre outros serviços públicos.

O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos entre os entes federados é um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na busca para promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e Municípios.
Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, João Eloi Olenike

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