Lula discutirá dólar com ministros, após novo recorde; veja mais destaques de hoje

01.07.24 - O presidente Lula (PT) em Feira de Santana (BA)

Reprodução/YouTube/CanalGov

Bom dia, investidores,

Veja quais são os destaques desta quarta-feira (3):

Hoje (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros da área econômica para discutir a alta do dólar, além da conjuntura econômica.
Participarão do encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão). Além disso, estarão presentes o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, e o secretário de Análise Governamental, Bruno Moretti.
O encontro acontece depois de o dólar bater novo recorde nesta semana; a moeda chegou a passar a barreira dos R$ 5,70 e fechou o dia cotado a R$ 5,6665, o maior valor desde 10 de janeiro de 2022.
Neste ano, a moeda americana já se valorizou 16,8%.
A nova alta do dólar se dá em meio a uma "guerra" de declarações entre o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.
Lula voltou a criticar Campos Neto ontem e a acusá-lo de estar a serviço do mercado financeiro; o presidente também disse que faria "alguma coisa" para conter a alta do dólar, o que gerou especulações de que o governo poderia fazer alguma intervenção como, por exemplo, usar o Imposto de Operações Financeiras (IOF).
Campos Neto, por sua vez, disse que a interrupção nos cortes da taxa de juros aconteceu por conta de "muitos ruídos" na política fiscal do governo.

Hoje (3), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga os dados da produção industrial referentes ao mês de maio.
Em abril, o índice recuou 0,5%, uma interrupção de dois meses seguidos de alta. No entanto, na comparação com o mesmo mês de 2023, houve uma alta de 8,4%.
No acumulado de 2024, o crescimento do setor industrial foi de 3,5%; nos últimos 12 meses, até a última divulgação, o avanço registrado foi de 1,5%.

Hoje também teremos a divulgação da ata da reunião mais recente do comitê de política monetária do Fed, que aconteceu em junho.
Para o mercado, o documento importa porque pode haver algum indicativo dos próximos passos do comitê: se ele pretende manter a taxa de juros como está ou se há algum corte no horizonte.
Espera-se que o Fed realize pelo menos um corte de juros ainda em 2024, especialmente porque os dados mais recentes da economia americana são favoráveis a essa hipótese.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça-feira (2):

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.