Acontece na semana que vem, entre 20 e 24 de junho, o Cannes Lions, festival de criatividade mais importante do mundo, na França. Todos os anos, agências de publicidade e marcas brasileiras inscrevem suas campanhas nas 29 categorias do evento —que, este ano, reuniu 290 jurados de todas as partes do planeta para escolher as melhores ações publicitárias. No ano passado, 1.472 trabalhos brasileiros participaram do julgamento. A organização do festival ainda não divulgou quantas campanhas brasileiras participam desta edição. O Brasil costuma ser o terceiro país com mais inscritos, atrás apenas de Estados Unidos e Reino Unido. Em 2021, as agências brasileiras ficaram com 71 troféus: 3 grand prix (o maior prêmio do festival, distribuído em cada categoria), 14 leões de ouro, 20 de prata e 34 de bronze. O UOL Mídia e Marketing conversou com especialistas e selecionou cinco campanhas brasileiras favoritas para trazer os "leões", como são conhecidos os troféus do festival. Confira: 'O uniforme que nunca existiu', da TracyLocke, para Centauro | Imagem: Divulgação/Centauro |
A campanha da Centauro faz uma homenagem a Aída dos Santos, única mulher na delegação brasileira dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. Aída, que ficou com a 4ª colocação no salto em altura naquela Olimpíada, competiu sem treinador e sem uniforme - nos Jogos, ela usou um uniforme emprestado pelo time de futebol do Botafogo. Tentando reparar o erro histórico, a marca criou "O uniforme que nunca existiu", desenhado sob medida pela estilista Carol Barreto. A campanha já foi anunciada entre as finalistas na categoria Glass, que ressalta trabalhos que promovem a igualdade de gênero. 'A publicidade sustentável', da Publicis Brasil, para Heineken | Imagem: Reprodução |
Reforçando seu conceito de sustentabilidade, a Heineken comprou um dos espaços mais caros da TV brasileira para mostrar sua marca por alguns instantes e, logo depois, deixar a tela totalmente preta por mais de 30 segundos. Na narração, o comercial destacava que as cervejarias da empresa usam energia renovável, convidando o telespectador a fazer um cadastro pelo QR code exibido na tela. Estima-se que, só por "economizar" a luz em milhões de casas no período de veiculação do comercial, foi economizada energia suficiente para abastecer uma cidade de quase 60 mil habitantes por algumas horas. 'Novos beijos icônicos', da GUT São Paulo, para Mercado Livre | Imagem: Reprodução |
Patrocinadora da Parada do Orgulho LGBTQIA+ em São Paulo, o Mercado Livre colocou no ar no ano passado a campanha "Novos beijos icônicos", capitaneada por um filme que recria beijos inspirados na cultura pop, mas com gays, lésbicas e outros casais diversos como protagonistas, incentivando o público a normalizar a ideia do "amor livre de preconceitos". 'Lu do Magalu', da Ogilvy Brasil, para Magazine Luiza | Imagem: Reprodução / Internet |
A maior influenciadora virtual do mundo não é a Barbie ou o Mickey —mas, sim, uma brasileira: a Lu, do Magalu. A construção da criadora de conteúdo, que ultrapassa os 30 milhões de seguidores, é contada no case criado pela Ogilvy para o Magazine Luiza, mostrando a trajetória de um projeto que foi muito além da mascote de uma marca e que chegou a se tornar garota-propaganda de outras marcas, como Adidas e Red Bull e atuou em clipes reais de artistas como Anitta e Alok. 'Combo impossível', da David São Paulo, para Burger King | Imagem: Reprodução |
Em "Combo impossível", o Burger King assumiu que as batatas fritas do McDonald's são melhores —mas que o combo perfeito traria seu Whopper junto com elas. Em parceria com o Rappi, ofereceu o pacote para o delivery, garantindo que os entregadores levassem a quem pedisse "o melhor burger e a melhor batata", mesmo que de restaurantes diferentes. A novidade obrigou o Méqui a tirar suas lojas do Rappi para acabar com a brincadeira. PUBLICIDADE | | |