Ex-corretor Kerviel se declara inocente em julgamento
![O ex-operador de mercados da Société Générale Jérôme Kerviel (centro) chega a tribunal em Paris - Julien Muguet/Reuters](https://conteudo.imguol.com.br/2012/06/04/4jun2012---o-ex-operador-de-mercados-da-societe-generale-jerome-kerviel-centro-chega-nesta-segunda-feira-4-a-tribunal-em-paris-na-franca-para-o-primeiro-dia-de-julgamento-para-recorrer-da-pena-de-1338797406175_615x300.jpg)
PARIS, 4 Jun 2012 (AFP) -O ex-corretor da Bolsa francês Jérôme Kerviel, cujo julgamento em apelação começou nesta segunda-feira em Paris, afirmou que não é responsável pela perda recorde de quase € 5 bilhões (cerca de R$ 13 bi) registrada em 2008 pelo banco Société Générale, para o qual trabalhava.
"Considero que não sou responsável por esta perda, nem pelos atos que me são imputados, minha hierarquia sempre teve conhecimento de minha atuação", afirmou Kerviel quando o presidente do tribunal o interrogou sobre as razões do recurso em apelação da sentença de seu primeiro julgamento pronunciada em 2010.
Anteriormente, Kervil havia se apresentado perante o tribunal, declarando-se "sem profissão há um ano" e "atualmente" sem renda.
Único acusado neste caso, Kerviel chegou ao tribunal meia hora antes do início do julgamento, acompanhado por seu advogado e em meio a uma mobilização de muitos jornalistas.
Em primeira instância, o tribunal julgou que Kerviel era o único responsável pela perda de cinco bilhões de euros, que quase afundou o banco no início de 2008, e o condenou a cinco anos de prisão e a pagar uma gigantesca indenização por perdas e danos de 4,9 bilhões de euros.
Acusado de abuso de confiança, falsificação de documentos e introdução fraudulenta de dados no sistema informático do banco, Kerviel pode pegar uma pena de cinco anos de prisão.
Ele é acusado de ter realizado operações especulativas enormes em mercados de risco sem autorização de seus superiores e de ter burlado os controles de seu banco com operações fictícias, documentos falsos e mentiras.
Nas três semanas de audiências do primeiro processo, realizado em junho de 2010, Jérôme Kerviel e Olivier Metzner, então seu advogado, tentaram em vão demonstrar que o banco sabia o que seu corretor fazia e que inclusive o incentivava a assumir riscos e fechava os olhos para estas operações enquanto as mesmas geravam lucros.
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