MP confirma massacre em tribo isolada do Amazonas
São Paulo, 9 Set 2017 (AFP) - O Ministério Público Federal do Amazonas confirmou nesta sexta-feira o assassinato de vários indígenas de uma tribo isolada no extremo oeste do estado do Amazonas (norte) por garimpeiros ilegais que agem na região, informou nesta sexta-feira a agência de notícias Amazônia Real.
"Confirmamos as mortes de indígenas isolados e o Ministério Público Federal e a Polícia Federal estão investigando", revelou a procuradoria à agência de notícias.
Os indígenas - conhecidos como "flecheiros" - teriam sido assassinados em agosto passado, no município de São Paulo de Olivença, na fronteira com Peru e Colômbia, segundo a agência de notícias.
As autoridades não informaram o número de vítimas e como as mortes ocorreram para "não prejudicar as investigações", mas a Amazônia Real apurou que ocorreram mais de vinte óbitos.
O Ministério Público investiga uma segunda denúncia, sobre o assassinato de indígenas da isolada tribo dos Warikama Djapar, em maio passado.
Há cerca de duas semanas, o líder indígena Adelson Kora Kanamari disse à Amazônia Real que entre 18 e 21 indígenas "teriam sido atacados e assassinados" na região do Vale do Javari.
"Caso tais relatos sejam confirmados, o Presidente (Michel) Temer e seu governo possuem uma grande responsabilidade por este ataque genocida", aponta o texto, que critica, além disso, os cortes no orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Todas estas tribos deveriam ter tido suas terras devidamente reconhecidas e protegidas há anos - o apoio aberto do governo àqueles que querem violar territórios indígenas é extremamente vergonhoso", acrescenta.
Em declarações à Amazônia Real, Kanamari explicou que a situação na região está "muito crítica". Os invasores "são fazendeiros, caçadores, garimpeiros. Muitos isolados estão sendo mortos, mas não sabemos ao certo as datas e nem o número exato de mortos", afirmou.
O território indígena Vale do Javari tem 8,5 milhões de hectares e foi regularizado em 2001, segundo dados da Funai. Situado a quase 1.200 km de Manaus, tem uma população de cerca de 7.000 habitantes.
Também de acordo com a Funai, há ao menos 14 referências de indígenas isolados na área, e cinco etnias contatadas.
A crítica da ONG Survival se soma às críticas que o governo de Michel Temer recebeu no Brasil e no exterior por "retroceder" em termos ambientalistas e de direitos dos indígenas.
"Confirmamos as mortes de indígenas isolados e o Ministério Público Federal e a Polícia Federal estão investigando", revelou a procuradoria à agência de notícias.
Os indígenas - conhecidos como "flecheiros" - teriam sido assassinados em agosto passado, no município de São Paulo de Olivença, na fronteira com Peru e Colômbia, segundo a agência de notícias.
As autoridades não informaram o número de vítimas e como as mortes ocorreram para "não prejudicar as investigações", mas a Amazônia Real apurou que ocorreram mais de vinte óbitos.
O Ministério Público investiga uma segunda denúncia, sobre o assassinato de indígenas da isolada tribo dos Warikama Djapar, em maio passado.
Há cerca de duas semanas, o líder indígena Adelson Kora Kanamari disse à Amazônia Real que entre 18 e 21 indígenas "teriam sido atacados e assassinados" na região do Vale do Javari.
"Caso tais relatos sejam confirmados, o Presidente (Michel) Temer e seu governo possuem uma grande responsabilidade por este ataque genocida", aponta o texto, que critica, além disso, os cortes no orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Todas estas tribos deveriam ter tido suas terras devidamente reconhecidas e protegidas há anos - o apoio aberto do governo àqueles que querem violar territórios indígenas é extremamente vergonhoso", acrescenta.
Em declarações à Amazônia Real, Kanamari explicou que a situação na região está "muito crítica". Os invasores "são fazendeiros, caçadores, garimpeiros. Muitos isolados estão sendo mortos, mas não sabemos ao certo as datas e nem o número exato de mortos", afirmou.
O território indígena Vale do Javari tem 8,5 milhões de hectares e foi regularizado em 2001, segundo dados da Funai. Situado a quase 1.200 km de Manaus, tem uma população de cerca de 7.000 habitantes.
Também de acordo com a Funai, há ao menos 14 referências de indígenas isolados na área, e cinco etnias contatadas.
A crítica da ONG Survival se soma às críticas que o governo de Michel Temer recebeu no Brasil e no exterior por "retroceder" em termos ambientalistas e de direitos dos indígenas.