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À espera dos EUA, bitcoin se aproxima de recorde histórico de US$ 64 mil

O preço do bitcoin disparou 40% em um mês, chegando a US$ 60.126, por volta das 11h15, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Imagem: Getty Images

Da AFP

15/10/2021 13h48Atualizada em 15/10/2021 20h46

O preço do bitcoin subiu acima de US$ 60.000 pela primeira vez desde abril e está se aproximando de seu máximo, enquanto a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) estuda a possibilidade de autorizar fundos indexados (ETFs) vinculados à criptomoeda - uma medida que pode aumentar a demanda.

O preço do bitcoin disparou 40% em um mês, chegando a US$ 61.455, por volta das 18h59, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

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Os compradores esperam que este novo produto financeiro permita que atores financeiros mais tradicionais participem do mercado.

Desde 2013, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA tem rejeitado consistentemente vários pedidos para criar esses fundos negociados na bolsa e que replicam o preço do bitcoin.

Segundo a Bloomberg, porém, que cita fontes próximas ao assunto, o regulador pode aprovar o lançamento desses produtos na próxima semana.

Em sua conta no Twitter, a SEC escreveu na noite de quinta-feira: "Antes de investir em um fundo que tem contratos futuros sobre bitcoin, certifique-se de pesar os riscos e benefícios", uma mensagem vista pelos fãs das criptomoedas como um sinal de que os fundos serão aceitos em breve.

"Este é um momento-chave para as criptomoedas", disse Walid Koudmani, analista da XTB.

"No longo prazo, esta é uma notícia importante, pois indica que as autoridades estão aceitando a ideia de pessoas possuindo criptoativos", comentou Charlie Erith, chefe da gestora de criptomoedas ByteTree Asset Management, em conversa com a AFP.

Os órgãos reguladores permanecem ambivalentes sobre um setor descentralizado e desmaterializado, criado do zero por pessoas anônimas há 13 anos.

Na China, por exemplo, as autoridades baniram completamente as plataformas de troca de bitcoins. E as autoridades da Europa e dos Estados Unidos não estão muito mais entusiasmadas.

A SEC tem chamado o setor de criptomoedas, repetidamente, de "Velho Oeste" e, do outro lado do Atlântico, o vice-governador do Banco da Inglaterra (BoE), Jon Cunliffe, disse que há uma "necessidade urgente" de trabalhar na regulamentação internacional.

Embora a instituição britânica não veja, neste momento, um risco maior de que uma crise da criptomoeda se espalhe para o restante do mercado, ele lembra que, com um tamanho de mais de US$ 2,3 trilhões, o mercado agora é maior que o mercado de "subprimes" em 2008 (US$ 1,2 trilhão), cujo colapso desencadeou uma crise financeira global.

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