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União da Opep mantém barril a US$ 50 e especuladores ficam à espera

Brian Wingfield e Mark Shenk

06/06/2016 12h56

(Bloomberg) -- As reuniões da Opep já não são o que costumavam ser.

Longe de provocar oscilações no mercado de petróleo, o período que antecedeu a reunião da Opep na semana passada manteve os preços perto de US$ 50 o barril e deixou os hedge funds à espera.

Especuladores reduziram o total de posições compradas e vendidas do petróleo West Texas Intermediate para o mínimo desde janeiro de 2015 e um indicador da volatilidade do mercado caiu para o valor mais baixo em 10 meses antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, realizada no dia 2 de junho.

Os representantes saíram da reunião expressando união e a continuidade da política de não impor limites à produção. Dados dos EUA publicados no mesmo dia mostraram que a oferta de petróleo está diminuindo, um sinal de que a abundância que provocou a queda dos preços neste ano está finalmente se dissipando.

"É muito evidente que a Opep é menos relevante que os dados de produção dos EUA", disse Rob Thummel, diretor administrativo e gestor de carteira da Tortoise Capital Advisors, que ajuda a administrar US$ 14,1 bilhões. "Vamos negociar perto de US$ 50, na faixa de US$ 5 a mais ou a menos, durante um bom tempo", embora a alta dos preços seja inevitável, disse ele em uma entrevista por telefone.

Após ter chegado no início deste ano ao valor mais baixo em 12 anos, os preços subiram para US$ 50 por barril porque o excesso de produção foi consumido. A Opep rejeitou a proposta de congelamento da produção, em parte porque o Irã disse que continuaria aumentando sua produção depois que as sanções internacionais foram removidas em janeiro.

O grupo estimou ter extraído 32,4 milhões de barris por dia em abril. Essa oferta foi compensada por distúrbios no Canadá, na Líbia, na Nigéria e na Venezuela.

O WTI subiu 1 por cento, para US$ 49,10 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York durante a semana compreendida pelo relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) dos EUA. A referência dos EUA avançava 1,3 por cento, para US$ 49,25, às 13h03 desta segunda-feira no horário de Londres. A volatilidade implícita nas opções de curto prazo caiu no dia 27 de maio para o valor mais baixo desde julho.

Redução

Gestores de recursos reduziram suas posições vendidas no WTI, que são as apostas em que os preços vão cair, para 53.377 futuros e opções durante a semana compreendida pelo relatório da CFTC, patamar mais baixo desde maio de 2015. As posições compradas, que são as apostas em que os preços vão subir, caíram 2,9 por cento, para 294.105 contratos, o mínimo desde março.

"Foram muitas notícias importantes, mas houve pouco movimento", disse Rob Haworth, estrategista sênior de investimento em Seattle da U.S. Bank Wealth Management, que administra US$ 128 bilhões em ativos. "Preços um pouco mais altos poderiam trazer de volta os produtores de xisto dos EUA".

--Com a colaboração de Jessica Summers

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