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NY eleva oferta de hotéis mais baratos, e também dos mais caros

Nikki Ekstein

29/03/2019 13h15

(Bloomberg) -- Na caríssima Nova York, passar uma noite na rede Courtyard by Marriott pode custar mais de US$ 1.000 em alta temporada, como na véspera do Ano Novo. Se estiver procurando algo semelhante em termos de design inteligente ou luxo, terá sorte se conseguir um quarto mais ou menos decente abaixo de US$ 500 por noite. Mas depois de anos de resistência por parte de incorporadoras, determinadas em maximizar as receitas por quarto, hoteleiros estão encontrando uma nova maneira de oferecer mais retorno para o dinheiro gasto por turistas em toda Manhattan ? quer estejam procurando um quarto de US$ 200 ou US$ 2 mil por noite.

Novas redes como a Sister City, braço da bem-sucedida Ace Hotels, e Equinox, com seu foco em academias de ginástica, estão sendo incubadas em regiões com rápida expansão de Manhattan, do Lower East Side ao Hudson Yards.

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Outras novatas estão oferecendo design moderno e diárias no patamar da rede Holiday Inns. Enquanto isso, redes para os mais abastados, como a Six Senses e Aman, em breve elevarão os padrões de luxo da cidade para níveis ainda mais altos quando estrearem nos Estados Unidos e na costa leste. A variedade desses impressionantes lançamentos em si já é digna de nota; o volume é praticamente sem precedentes.

Chegar a esse ponto não tem sido fácil. Pesam fatores como preço do terreno e regras de zoneamento relacionadas à densidade, diz o consultor de hotéis Bjorn Hanson. O incorporador Mitchell Hochberg, presidente do Lightstone Group, a força por trás de 165 hotéis nos EUA, diz que essas duas barreiras elevaram os custos de construção na cidade para US$ 1 milhão por quarto. O resultado final são edifícios caros, desinteressantes e reluzentes, com algumas notáveis exceções. (Entre os que amamos estão os paraísos de socialites Mark e Carlyle, e os recém-chegados Baccarat, Whitbye e o Four Seasons Downtown, com sua vista para a estação Calatrava.)

Em resumo, a cena hoteleira de Nova York há muito vem lutando para ser tão inovadora quanto a cidade ao seu redor. Não mais.

Por que agora

Dois fatores principais estão mudando o modelo econômico - e, portanto, as ofertas - dos hotéis em Nova York.

O mercado imobiliário desaquecido, por um lado, está levando incorporadoras residenciais a fazer parcerias com redes de hotéis de alto luxo. Alan Smith, diretor-presidente do Four Seasons, disse em conferência do setor de viagens no ano passado que as residências com a marca da rede geram prêmios de 30% para produtos competitivos no mercado, número corroborado pela consultoria imobiliária Savills, de Londres. A Hanson estima que esse número seja mais próximo de 10% em Nova York, mas concorda que os apart-hotéis movimentam as cifras mais altas em um mercado aquecido, ao mesmo tempo em que incentivam as vendas em um segmento em desaceleração. Como bônus, os condomínios multimilionários compensam em grande parte os altos custos de construção de hotéis.

Abordagem democrática

Enquanto isso, no nicho dos hotéis boutique, o segundo fator ? a crescente importância de espaços comuns (em vez de quartos) para o lucro de um hotel ?,operadores estão aprendendo a fazer mais com menos.

Os novos "micro-hotéis" equilibram layouts de quartos pequenos com padrões de alto design e com espaços comuns maiores e mais atraentes. A tendência começou com a Arlo Hotels ? rede que estreou na Hudson Square em 2016 e somará três hotéis quando sua unidade no centro da cidade abrir as portas no ano que vem ? e foi seguida pelos hotéis Moxy, Freehand, CitizenM e Sister City, braço da rede Ace Hotels, todos inaugurados no ano passado.

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