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Nova marina no Vietnã atrai ultra-ricos e super iates

Yoojung Lee

29/05/2019 16h36

(Bloomberg) -- Poucas coisas são mais anátemas para o comunismo do que um super iate, exceto, talvez, dar um passeio até a marina em um Bentley.

Em Nha Trang, na costa leste do Vietnã, as motocicletas ainda são mais numerosas do que os carros de luxo, mas há sinais de prosperidade em todos os lugares.

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O trajeto de meia hora de carro ao longo da estrada até a primeira marina de águas profundas do país é repleto de resorts luxuosos, alguns terminados e outros em vários estágios de desenvolvimento. Há uma sensação palpável do dinheiro e da ambição sendo derramados nesta pacata vila de pescadores, onde é possível chegar em um curto voo saindo de Ho Chi Minh. Esse clima será reforçado quando Ana Marina, que pode acomodar até 220 iates, ficar pronta.

As mudanças que catapultaram Nha Trang em um próspero destino de férias nos últimos anos para turistas locais e estrangeiros, especialmente chineses e russos, encapsulam os impressionantes avanços do país outrora devastado pela guerra. O crescimento econômico tem se mantido acima de 6% nos últimos cinco anos, impulsionado em parte por um setor manufatureiro que fabrica de tudo, desde roupas esportivas da Nike até smartphones da Samsung. A LG Electronics anunciou no mês passado que planeja transferir parte de sua produção da Coreia do Sul para o Vietnã para reduzir custos.

O Vietnã também é uma fonte de impressionante de criação de riqueza. Indivíduos "ultra-high-net-worth", aqueles com patrimônio elevado e com ativos investidos de US$ 30 milhões ou mais, foram cunhados mais rapidamente aqui em termos percentuais do que em qualquer outro lugar do mundo entre 2013 e 2018, eclipsando até a China e a Índia, segundo o relatório Wealth Report de 2019, da Knight Frank. Mesmo na parte (bem) inferior do espectro, as coisas estão melhorando. A taxa de pobreza do país está diminuindo, não há tantas famílias sofrendo com escassez de alimentos e a renda média mensal per capita aumentou 10,2% ao ano de 2016 a 2018, para 3,7 milhões de dongs (US$ 158).

Ana Marina pode ser tudo, menos chata. Quando as obras forem concluídas no final deste ano, a marina, cerca de duas vezes o tamanho da estação Grand Central de Nova York em terreno e água, terá um clube, centro de conferências, restaurantes elegantes e vilas.

Consultas chegam de lugares tão distantes quanto Japão e Coreia do Sul. "As pessoas querem enviar seus iates para o Vietnã para evitar condições climáticas indesejáveis", disse Dang Hieu, presidente da Ana Marina.

O governo socialista do Vietnã tem apoiado a promoção do iatismo, pelo menos para fins turísticos. A iniciativa contrasta com a China, onde tais ostentações de riqueza são desaprovadas, limitando a expansão do mercado de super iates.

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