Desemprego na América Latina deve subir de 6% para 6,6% em 2015, segundo OIT
Santiago, 27 out (EFE).- A desaceleração econômica da América Latina e do Caribe está afetando os indicadores trabalhistas e fará com que a taxa de desemprego urbano na região aumente dos 6% registrados no ano passado para 6,6% ao fim de 2015, segundo um relatório da Cepal e da OIT divulgado nesta terça-feira em Santiago.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elaboraram uma nova edição do relatório "Conjuntura laboral na América Latina e no Caribe", no qual revisam a evolução dos mercados de trabalho da região no primeiro semestre do ano.
Além disso, as instituições preveem que as desfavoráveis perspectivas de crescimento econômico para este ano na região, com uma recessão estimada em 0,3%, devem gerar em um "persistente enfraquecimento da demanda laboral e da geração de emprego assalariado".
"Somente com políticas de desenvolvimento produtivo claras a região será capaz de superar o contexto adverso que atualmente dificulta sua expansão, e gerar mais e melhores empregos", assinalaram no relatório Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, e José Manuel Salazar, diretor-regional da OIT.
Durante os seis primeiros meses de 2015, a taxa de desemprego na América Latina e no Caribe foi de 6,5%, contra os 6,2% do mesmo período do ano anterior.
Neste contexto macroeconômico e laboral, advertiram que é provável que, em muitos países, aumente o emprego informal, sobretudo por conta própria, para tentar compensar a falta de oportunidades de trabalhos produtivos e de qualidade.
Segundo o relatório, a tendência atual de recessão na região reduziu os espaços para avançar na diminuição da pobreza e da desigualdade.
Os países que registraram maior desemprego no primeiro semestre deste ano foram Jamaica (13,7%), Bahamas (12,2%), Colômbia (10,3%), Belize (10,1%) e Costa Rica (10%).
Abaixo dos dois dígitos estão Paraguai (7,6%), Uruguai (7,6%), Peru (6,9%), Argentina (6,9%), Chile (6,3%), Brasil (6,2%), Panamá (6%), Equador (5,2%) e México (5,1%).
Países como Bolívia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Venezuela não publicaram seus números para a elaboração do relatório.
O documento também comparou o desempenho laboral dos diferentes tipos de empresas e concluiu que a evolução positiva dos mercados trabalhistas entre 2003 e 2013 incluiu tanto as pequenas e médias empresas como as grandes companhias.
A Cepal e a OIT destacaram que, no contexto atual, as microempresas poderiam voltar a jogar, junto com o trabalho autônomo, o papel de grandes geradores de emprego.
"Para evitar que estes empregos sejam de baixa produtividade e qualidade, a região deve aumentar os esforços para remover obstáculos e criar um ambiente propício para o crescimento e o desenvolvimento, especialmente das médias empresas", sugeriu o relatório.
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