Riad, Moscou, Caracas e Doha decidem congelar produção de petróleo
Doha, 16 fev (EFE).- Os governos de Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram nesta terça-feira (16) congelar a produção de petróleo em seus níveis de janeiro, informou o ministro de Energia e Indústria catariano e presidente rotativo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Mohammed Saleh al Sa'adah.
"A fim de estabilizar o mercado do petróleo decidimos congelar a produção", afirmou Al Sa'adah em entrevista coletiva realizada em Doha, no Catar.
Al Sa'adah acrescentou que se tenta "uma medida que não só beneficiará os países produtores e exportadores de petróleo, mas a economia global".
Além disso, disse esperar que os demais países produtores de petróleo sejam ou não membros da Opep, apliquem a mesma iniciativa.
Com esse objetivo, o ministro catariano anunciou que liderará uma próxima rodada de contatos com outros países, como o Irã e Iraque.
Na entrevista coletiva, também estiveram presentes o ministro de Petróleo e Recursos Minerais saudita, Ali al Nuaimi; o titular de Energia russo, Alexander Novak, e o ministro de Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino.
No último dia 28 de janeiro, quando Novak mostrou sua disposição a participar do encontro de hoje, antecipou que a Arábia Saudita tinha proposto uma corte da produção de 5%
No entanto, ressaltou que antes de concordar um recorte na extração, era necessário que todos os países produtores e exportadores alcançassem um "consenso" base.
Em seu último relatório, que data de 10 de fevereiro, a Opep afirmou, citando fontes secundárias, que a produção de petróleo dentro de sua organização aumentou em janeiro em 131 mil barris ao dia e alcançou uma média de 32,3 milhões de barris diários.
Antes do anúncio realizado, a Opep havia informado em Viena que o barril de petróleo de seu grupo se valorizou 6,3% hoje e estava cotado a US$ 28,44.
Com este considerável aumento, o petróleo da Opep mantém a tendência de alta dos dois últimos dias, nos quais já ganhou US$ 3 por barril.
Ainda assim, o preço do barril de referência da Opep se mantém em seu nível mais baixo em 12 anos, devido ao excesso de oferta de petróleo no mercado.