Ministro afirma que prioridade da França é "reforçar aliança" com Nissan
Fukuoka (Japão), 9 jun (EFE).- O ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou neste domingo que a prioridade do seu governo como acionista principal da Renault é que esta empresa "reforce sua aliança" com a japonesa Nissan, que classificou de "irreversível", dias depois do fracasso de uma operação de fusão com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
Le Maire quis adiar, por enquanto, a possibilidade de o Estado francês modificar sua participação na Renault, atualmente de 15,1%, em entrevista coletiva dada hoje em Fukuoka, no Japão, após participar de uma reunião ministerial do G20.
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"Essa é uma questão de longo prazo", disse Le Maire ao ser questionado pela imprensa sobre essa possibilidade. "Por enquanto, atemo-nos ao horizonte em curto e médio prazo", respondeu o ministro.
A estrutura da aliança entre Renault e Nissan foi colocada em dúvida após a queda de seu principal artífice, o brasileiro Carlos Ghosn, ao que se somou a posterior oferta da Fiat Chrysler para fundir-se com a empresa francesa, finalmente desprezada devido às reservas de Paris.
As prioridades imediatas do Estado francês são "reforçar a aliança" e "proteger empregos e plantas industriais na França", segundo destacou o ministro.
Neste sentido, acrescentou que os órgãos diretivos da Renault e da Nissan "serão os encarregados" de discutir como estreitar a colaboração entre ambos fabricantes de automóveis e de definir a forma da aliança no futuro.
Le Maire também insistiu na importância da Renault e no orgulho que a empresa representa para o país, à qual definiu como "joia da coroa" da indústria nacional.
"Acreditamos que a excelência da Renault se viu beneficiada pela aliança com a Nissan, porque nos permitiu adiantar-nos no tempo na hora de aplicar novas tecnologias", comentou Le Maire.
A Renault, cujo maior acionista é o Estado francês, com 15,1% do capital, tem 43,4% das ações da Nissan Motor. A japonesa tem, por sua vez, 15% do capital da montadora francesa. EFE