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Vendeu geladinho aos 8 anos; hoje tem 6 empresas e fatura R$ 2,5 bilhões

Adriano de Oliveira é fundador e CEO do Grupo É Seguro Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/05/2024 04h00

Dos 8 aos 12 anos, Adriano de Oliveira, 43, vendeu geladinho nas ruas de Umuarama (PR) para ajudar na renda da família. Depois, foi office boy, teve distribuidora de cosméticos, vendeu pisos e gerenciou um escritório de venda de crédito consignado. Nessa época, percebeu que o segmento de seguros era promissor. Hoje, ele é dono do Grupo É Seguro, que reúne seis empresas e 821 franquias, e faturou R$ 2,5 bilhões em 2023.

História

Oliveira vem de uma família humilde. Seu pai, Jorge, era alfaiate, e a mãe, Maria Aparecida, costureira. "Morávamos próximo a uma favela em Umuarama. Nós não tínhamos uma boa condição financeira", diz.

Aos 8 anos, ele começou a vender geladinho nas ruas e em jogos de futebol. O objetivo, segundo ele, era ajudar nas despesas de casa e também, com o que conseguia juntar, comprar doces e brinquedos. Vendeu geladinho até os 12 anos, em 1998.

Eu sempre ajudava o meu pai na alfaiataria, desmanchando as barras de calça para ele consertar. Nessa época, eu pude ver o quanto ele trabalhava para nos sustentar. Isso me trouxe a visão de trabalhar para conseguir as coisas que eu gostaria de ter.
Adriano de Oliveira, CEO do Grupo É Seguro

De 1993 até 1997, Oliveira trabalhou como office boy em uma distribuidora de medicamentos. "Quando consegui um emprego fixo de office boy, comprei a minha bicicleta", afirma.

Aos 17 anos, abriu uma distribuidora de cosméticos. Investiu R$ 3.500 no negócio. Ele comprava produtos e revendia para os salões de beleza da cidade. Usava a bicicleta para entregar os produtos. Depois, comprou sua primeira moto, via consórcio. Vendeu a empresa em 2000 e voltou a ser empregado contratado. Trabalhou até 2004 como vendedor de acabamentos e pisos.

Em 2004, Oliveira foi contratado como gerente de uma loja de crédito consignado e consórcios. "Foi nessa época que comecei a estudar o segmento de seguros, pois via que o mercado era promissor", declara.

Criou grupo com seis empresas

Com o conhecimento do mercado de seguros, abriu três empresas em um só lugar: É Cred (de consignados), É Seguro (de seguros) e Auto Fácil (uma loja de revenda de veículos). "No início, o forte eram os consignados; o seguro foi ganhando força aos poucos", diz. Ele fechou a loja de carros em 2013.

Hoje, o Grupo É Seguro é formado por seis empresas. São elas: É Cred, É Seguro Corretora, É Seguro Pay (de máquina de cartão de crédito), SegPet (de plano de saúde para pets), É Seguro Med (de planos de saúde e telemedicina) e Soll Energy (de energia solar).

As empresas do Grupo não têm produtos próprios. Elas vendem produtos de cerca de 150 instituições financeiras, seguradoras, administradoras e outros segmentos. Os principais produtos são seguros, crédito consignado e máquinas de cartão de crédito. No segmento de seguros, o mais vendido é o de automóvel, responsável por 60% da carteira de apólices. O valor médio é de R$ 2.000.

Na pandemia, a venda de seguro de vida estourou. O crescimento foi de 300% de 2020 para 2021, segundo Oliveira.

Franquia custa de R$ 19 mil a R$ 80 mil

A rede tem 821 unidades (sendo uma loja própria). São dois modelos de negócio: o home office, em que o franqueado pode trabalhar de casa ou atuar dentro de outra empresa, e a loja comercial de rua. A franquia custa de R$ 19,9 mil a R$ 80 mil. O franqueado vende os produtos distribuídos pelas seis empresas do grupo, de consignados a seguros.

Em 2023, o grupo faturou R$ 2,5 bilhões. O lucro foi de R$ 12 milhões. Para 2024, a meta da empresa é chegar a 1.300 franquias e aumentar o faturamento em 20%.

Em junho, a empresa vai lançar dois aplicativos: o Mob (aplicativo de mobilidade urbana para cidades de pequeno e médio portes) e o BemBom (aplicativo de entrega de comida e gestão interna de bares, lanchonete e restaurante).

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que a matéria informava, ele vendeu geladinho até os 12 anos, em 1992, e não em 1998, como mencionado anteriormente. A informação foi corrigida no texto.

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