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África pode ter 49,2 milhões de pessoas entrando na pobreza extrema

08/07/2020 15h25

Nairóbi, 8 jul (EFE).- O impacto econômico da pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, pode empurrar 49,2 milhões de pessoas à pobreza extrema na África, segundo cálculos do Banco de Desenvolvimento Africano (AfDB).

De acordo com a instituição, as pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, que se enquadram nessa faixa crítica, poderiam chegar a 453,4 milhões de pessoas em 2020, no melhor cenário.

Na situação mais crítica prevista pelo AfDB, a quantidade poderia ser de 462,7 milhões.

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Antes da propagação do novo coronavírus, já havia uma expectativa de alta no número de africanos vivendo na pobreza extrema, que segundo o Banco de Desenvolvimento poderia chegar a 425 milhões.

Segundo as previsões, a Nigéria e a República Democrática do Congo serão os dois países em que a população será mais afetada economicamente pela pandemia da Covid-19.

O AfDB indica que, se houver boa gestão da crise sanitária, com redução da curva e reabertura da economia, a economia da África, como um todo, pode crescer em 2021 em 3%, após uma queda de 3,4% prevista no pior cenário para este ano.

As expectativas, no entanto, são mais otimistas que a do Banco Mundial, que aponta para uma retração neste ano no continente entre 2,1% e 5,1%. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, considera que a crise econômica e de saúde africana será "sem precedentes".

Ainda de acordo com as previsões da AfDB, os setores de turismo, transporte e entretenimento terão maior dificuldade para se recuperar.

Hoje, a África superou a barreira de 500 mil casos de infecção pelo novo coronavírus, sendo que quase 216 mil se concentram apenas na África do Sul.

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