Economia da Argentina cresceu 11,7 % no mês de julho
O crescimento é explicado por uma baixa base de comparação, já que em julho de 2020 a atividade econômica ainda estava muito afetada pelas fortes restrições sanitárias impostas no final de março do ano passado pelo governo de Alberto Fernández para combater a pandemia da Covid-19.
Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que serve como um adiantamento provisório para medir a variação trimestral do produto interno bruto (PIB), também mostram que em julho a atividade econômica cresceu 0,8% em relação a junho, somando dois meses consecutivos em positivo, após a estagnação entre fevereiro e maio. Nos primeiros sete meses do ano, a atividade econômica acumulou uma alta de 10,5%.
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O relatório da Indec revela que, das 16 atividades incluídas no indicador, 14 setores produtivos apresentaram melhorias ano a ano em julho, com destaque para a pesca, com aumento de 251,6%, e hotéis e restaurantes (55,4%).
A indústria manufatureira, com uma alta de 12,7%, foi o setor econômico com maior impacto positivo no nível geral da atividade econômica em julho, seguido pelo comércio (12,5%). Enquanto isso, os dois setores que apresentaram um desempenho negativo ano a ano foram o financeiro (-1,3%) e o agrícola (-3,6%).
Severamente afetado pela pandemia da covida-19, o PIB da Argentina despencou 9,9% em 2020. De acordo com o projeto de orçamento 2022, a economia argentina terminará 2021 com uma recuperação de 8%, encerrando um ciclo de três anos de grave recessão, e crescerá 4% em 2022.
Enquanto isso, as projeções dos economistas do setor privado consultados mensalmente pelo Banco Central argentino para seu relatório de expectativas são um pouco mais moderadas: de acordo com suas previsões, a economia argentina se recuperará 7,2% em 2021 e se expandirá em 2,5% no ano que vem.