Argentina aumenta preço de combustíveis em 9%
Maior produtora e comercializadora de hidrocarbonetos da Argentina, a YPF alegou em comunicado que o aumento se destina a "evitar o aumento da diferença de preços que já existe com a concorrência".
"Antes deste aumento, a diferença estava entre 7% e 12% e causou um aumento na demanda da rede da YPF, gerando escassez significativa de produtos em todo o seu sistema e impactando o nível de serviço em todos os seus clientes", disse a empresa, cujos preços servem de referência para companhias privadas que atuam no mercado argentino de combustíveis.
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Em fevereiro e março, os preços dos combustíveis já haviam subido 9% e 9,5% no país, respectivamente.
Segundo a YPF, durante o mês de abril a procura por combustíveis no mercado doméstico "foi muito alta", especialmente em relação ao diesel, que teve a "maior demanda da história", o que levou a empresa a adicionar 75% do volume adicional em comparação com março.
O aumento também está associado, de acordo com a empresa, à "evolução das variáveis que compõem o preço de varejo", como a elevação dos custos associados ao refinanciamento e à comercialização, o encarecimento dos preços locais dos biocombustíveis produzidos por terceiros e o "aumento constante" dos preços internacionais daqueles combustíveis "que precisam ser importados para complementar a refinação local".
"Após este ajuste, continuaremos a monitorar a evolução das variáveis que afetam a formação dos preços, o comportamento da concorrência, sempre levando em consideração as particularidades do contexto macroeconômico do país e a realidade internacional", disse a YPF.
Este novo aumento ocorreu um contexto de forte aceleração do ritmo inflacionário no país sul-americano: os preços na Argentina tiveram em março deste ano um aumento de 55,1% em relação ao mesmo mês em 2021 e um subiram 6,7% na comparação com fevereiro. EFE