Professor tenta há 4 anos renegociar dívidas
Regina Pitoscia - Especial para a AE
São Paulo
11/06/2018 14h30
O caso do professor universitário Rubens Adorno ilustra bem as barreiras para se encontrar soluções. Por quatro anos ele tenta uma renegociação com quatro bancos: Caixa, Banco do Brasil, Citi e Santander. Mesmo com a assessoria e intermediação de institutos especializados, diz enfrentar dificuldades para chegar a um acordo. Recentemente ele conseguiu uma reestruturação no Santander e no Citi, mas está tendo sua dívida executada na Caixa e a pressão do BB para a liquidação de um consignado.
O total de sua dívida chegou a bater em R$ 600 mil, cujas prestações comprometiam 120% de sua renda. Atualmente, esse nível de comprometimento está em 70%. "Você vai se desesperando. Toda noite perco o sono, pensando em tudo o que pode acontecer, e se me mandarem uma carta, uma intimação?", diz Adorno.
O professor afirma ter "total interesse em resolver a situação", mas esbarra na rigidez do sistema. Sua torcida é para que o normativo seja de fato seguido para trazer mais flexibilidade, evitar ou resolver seu caso.
Adorno diz que nunca se dirigiu a um banco para levantar empréstimo. As ofertas chegaram até ele, por telefone. Sem critérios na escolha de crédito, ele foi trocando um pelo outro, nas mais diferentes modalidades, fazendo seguros e aceitando produtos. "E tudo apenas para a cobertura do rombo financeiro, sem aquisição de bens ou o uso do dinheiro para ter uma vida mais confortável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.