Infinity: resultado da arrecadação é bom mesmo com greve dos caminhoneiros
Maria Regina Silva
São Paulo
24/07/2018 13h49
A expectativa de Vieira é que a receita de julho volte a apresentar crescimento, em razão da sazonalidade favorável e da estimativa de devolução das quedas na atividade em decorrência do manifesto dos caminhoneiros. "Já temos visto alguns indicadores de julho com resultados mais favoráveis", conta.
Ainda assim, o cumprimento da meta fiscal para o setor público consolidado, de déficit R$ 161,3 bilhões, não será fácil. "Vai cumprir, mas está cada vez mais apertado", admite, ao esperar, por enquanto, rombo de R$ 159 bilhões em 2018. "Houve piora nas expectativas para a atividade no início do ano para cá, e ainda tiveram os impactos da greve. Se colocarmos tudo isso na conta, fica um cenário mais complicado. Além disso, tem os efeitos da incerteza eleitoral."
Diante da sinalização de resultados um pouco menos favoráveis da atividade no sétimo mês deste ano, o economista considera precipitado estimar alta de 1,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) no fim deste ano, como indica a pesquisa Focus do Banco Central (BC). "No início de 2018, havia a possibilidade de alta de 3,0%, mas os dados do primeiro trimestre patinaram. Aí, a projeção caiu para 2,8%. Agora, estamos com 1,9% por ora. Mas alta de apenas 1,5% é um pouco exagero", afirma. "Da mesma forma, acho estranha a projeção de 4,1% para a inflação. Estamos com 4,4%, perto da meta 4,5%", afirma.