Governo pode levantar R$ 25 bi rapidamente com ativos elétricos, diz Pio Borges
Renata Batista e Vinicius Neder
Rio
21/11/2018 19h04
Para ele, privatização não tem modelo único. Mas dada a urgência do problema fiscal a curto prazo, iniciaria pela venda de ativos enquanto são feitas as modelagens para vendas e concessões mais complexas.
"Eu venderia R$ 20 bilhões, R$ 25 bilhões em ativos em curto prazo e com muita facilidade. Os compradores estão aí e estão interessados em comprar ativos. São a Brookfield, a Vinci, a Pátria, as empresas chinesas, a Engie", disse, referindo-se principalmente aos ativos do setor elétrico.
Na área de petróleo, o executivo, que atualmente preside o conselho do Cebri, acredita que a Petrobras poderia vender com rapidez a BR Distribuidora, uma parte do refino e a distribuição de gás. "O gás natural será, ao meu ver, a grande fonte de energia do País. O gás do pré-sal será suficiente para construir duas (hidrelétricas de) Itaipu e isso não pode ficar para depois. Temos pressa de viver", disse, em intervalo do seminário Diálogos para o Amanhã, realizado pelo Cebri.