Líder do MDB quer reverter 'prejuízo ao consumidor' em projeto sobre distrato
Adriana Fernandes e Mariana Haubert
Brasília
21/11/2018 15h39
O texto básico da matéria foi aprovado na terça-feira, 20, pelo Senado, mas os parlamentares voltarão a se reunir nesta quarta-feira para analisar as emendas ao projeto e concluir a votação. A proposta deverá ainda voltar para análise da Câmara.
Polêmico, o projeto chegou a ser rejeitado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em julho, porém um recurso foi apresentado para que houvesse nova apreciação.
O texto prevê multas de até 50% sobre o valor pago pelo consumidor em caso de rescisão do negócio, porcentual considerado alto por representantes de interesses dos consumidores, uma vez que, atualmente, a jurisprudência dos tribunais determina uma retenção em torno de 10% a 25%. Pelo projeto, as construtoras estarão livres de multas nos casos de até seis meses de atraso para a entrega do empreendimento e só depois desse prazo a pessoa que desistir da compra receberá o valor de volta.
Entre os parlamentares que apoiam a proposta, existe a visão de que o distrato pode contribuir para destravar o mercado imobiliário, em crise nos últimos anos e, assim, melhorar o ambiente econômico do País.