Medidas de inflação subjacente estão em níveis confortáveis, diz BC na ata
Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigue
Brasília
12/02/2019 11h03
Esta ideia vem sendo repetida nas comunicações do Banco Central e já constava no comunicado da semana passada, quando a instituição manteve a Selic (a taxa básica de juros da economia) em 6,50% ao ano.
Cautela, serenidade e perseverança
O Banco Central voltou a registrar, por meio da ata do último encontro do Copom, que "a melhor forma" de manter a trajetória da inflação em direção às metas é atuar com cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis. Com isso, o BC sugere que será criterioso ao iniciar um novo ciclo, para um lado ou para outro.
Os membros do colegiado avaliaram que a diversas medidas de inflação encontram-se em níveis apropriados ou confortáveis. Eles destacaram que as projeções indicam convergência da inflação em direção às metas ao longo de 2019 e 2020. "Essa trajetória é consistente com as expectativas de inflação, que permanecem ancoradas", afirmou o documento.
Reformas
Mais uma vez, o Copom ressaltou que a consolidação desse cenário de inflação controlada no médio e longo prazo depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira.
Assim como no comunicado divulgado na semana passada, o Copom avaliou que houve um arrefecimento dos riscos inflacionários desde a reunião de dezembro, sobretudo dos riscos ligados ao cenário externo.
"Entretanto, o Comitê ressaltou que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço de riscos. Dessa forma, os membros do Copom concluíram que persiste, apesar de menos intensa, a assimetria no balanço de riscos para a inflação", completou a ata.