Como mudança demográfica é rápida, transição rápida é necessária, diz secretário
Idiana Tomazelli, Adriana Fernandes e Eduardo Rodrigues
Brasília
20/02/2019 11h40
Rolim traçou um diagnóstico dramático, segundo o qual o número de aposentados vai triplicar até 2060. "Mesmo se não houvesse déficit hoje, no futuro, o sistema atual é inviável", afirmou.
O secretário informou ainda que o importante para efeitos previdenciários é a expectativa de sobrevida aos 65 anos, e não a expectativa de vida ao nascer. "Que bom que estamos vivendo mais, mas isso tem custo", disse.
Rolim afirmou também que hoje o déficit da Previdência rural é maior, mas logo o regime urbano deve superar esse rombo devido ao envelhecimento da população. "Sistema hoje já não é sustentável. Imagina quando as pessoas que entraram no mercado de trabalho forem se aposentar", disse.
Ele ressaltou ainda que, no regime próprio de servidores, o número de pessoas é muito menor para um déficit "proporcionalmente muito grande". "As regras de aposentadoria são muito mais benevolentes", disse. "Um dos princípios da Nova Previdência é Previdência justa. Obviamente precisamos ter regra de transição. Se tiver benefício maior, vai pagar mais, mas o objetivo é ter regras iguais para todos após transição", afirmou.
Rolim lembrou ainda que a maioria dos beneficiários da Previdência recebe até dois salários mínimos e destacou que esse público terá redução nas alíquotas de contribuição.