Nova gestão do BC terá apoio da dimensão fiscal do governo, diz Guedes
Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
Brasília
13/03/2019 17h00
Guedes mais uma vez se disse otimista com a aprovação da reforma da Previdência. "O problema da Previdência está aí e o teto não para se não tiver as paredes do lado", Entramos para fazer um trabalho e vamos fazer o trabalho, não vamos recuar. Mas quem decide é o Congresso e o presidente (Jair Bolsonaro)", completou.
Mais uma vez, Guedes reforçou que a reforma previdenciária precisa de uma potência fiscal de pelo menos R$ 1 trilhão. "O sistema de capitalização poderá ser lançado se a reforma tiver potência para financiar a transição de regime previdenciário", repetiu.
Para ele, "essa geração" precisa ter coragem de pagar esse custo de R$ 1 trilhão. "Eu digo sempre: vocês não vão derrotar o projeto do Paulo, mas sim seus filhos e netos. Se o Congresso desidratar a reforma para R$ 500 bilhões eu não consigo lançar a capitalização e vocês vão condenar seus filhos", alertou.
O ministro disse ainda que a Previdência é a primeira grande despesa a ser atacada, seguida pela despesa de juros da dívida. "A noção habitual é de que não há o que fazer (sobre essa despesa), mas isso é falso. É possível trabalhar pela reestruturação patrimonial", considerou. "Com uma boa gestão de ativos e passivos podemos reduzir esse custo da dívida interna", completou.