Se diluída, reforma não refletirá crescimento esperado no PIB, diz Mansueto
Francisco Carlos de Assis
São Paulo
18/04/2019 12h26
"O debate pra valer da Previdência, de méritos, começa agora na Comissão Especial. É a partir daí que vamos saber de fato o tamanho da economia", afirmou Mansueto a uma plateia de empresários e investidores franceses no Brasil em evento que a Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.
Crédito direcionado
Segundo o secretário, a Previdência contribuirá também para reduzir o crédito direcionado na economia. "A redução do crédito direcionado é uma medida interessante já que ele contribui para diminuir a potência da política monetária. Mas isso se daria num cenário em que junto com a aprovação das reformas, em especial da Previdência, consolidando o quadro de juros nominais baixos", resumiu.
Na verdade, de acordo com Mansueto, "a gente já está em um cenário muito diferente de juros. Hoje, quando o mercado fala em aumento de juro, fala em 7,5%, 8%. Ninguém mais fala em Selic de 10%, 11%".
"Então se aprovarmos a reforma e consolidarmos o cenário de juros baixos, naturalmente o mercado será aberto para várias outras coisas [investimentos] sem precisar de muito crédito direcionado", afirmou o secretário.