Governo está mostrando que não é intransigente, diz Marinho
Idiana Tomazelli, Camila Turtelli e Adriana Fernandes
Brasília
23/04/2019 13h59
"O que aconteceu foi um exercício da democracia", afirmou Marinho, que esteve no Congresso para fechar os últimos detalhes do acordo, cujas negociações se estenderam durante o feriado de Páscoa.
Segundo o secretário, todos os parlamentares foram contemplados. Ele demonstrou confiança na aprovação da proposta nesta terça na CCJ. "Hoje terminaremos essa etapa", disse.
Os pontos que devem sair do texto são: o fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados; a possibilidade de se alterar, por projeto de lei, a idade máxima da aposentadoria compulsória, o que poderia afetar indicações para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); a exclusividade da Justiça Federal do Distrito Federal para julgar processos contra a reforma; e o dispositivo que garante somente ao Executivo a possibilidade de propor mudanças na Previdência.
Na comissão de mérito, Marinho disse que o governo vai discutir os detalhes do projeto. Além disso, ele destacou que o governo já tem intensificado os trabalhos de articulação, sob a coordenação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com encontros com presidentes e líderes partidários em prol da reforma.
"Temos base em torno da pauta da reforma", avaliou Marinho.
Respostas
O secretário disse que sua equipe começará a prestar informações sobre a proposta de reforma a partir de da quarta, 24. Requerimentos feitos por parlamentares pedindo dados da proposta vencem nesta quarta-feira, explicou Marinho. "A partir de amanhã, já vamos começar a responder pedidos de informação por parte dos deputados", comentou. "Sempre dissemos que dados desagregados seriam apresentados na comissão especial", afirmou.
Na quinta-feira, 25, haverá ainda uma reunião com parlamentares para apresentar os dados que já foram preparados pelos técnicos da pasta. Marinho tem dito que o nível de detalhamento que será proposto é inédito e que outros governos não adotaram a mesma postura. "Vamos mostrar a amplitude dos dados na comissão especial", afirmou.