Joice: meta é aprovar reforma com espinha dorsal de R$ 1 trilhão, mas não é fácil
Gustavo Porto
Ribeirão Preto
30/04/2019 13h35
"Se não tiver economia próxima a R$ 1 trilhão, resolvemos os problemas do atual e do próximo governo, mas o problema vai ser jogado para frente", disse a deputada, durante debate sobre o assunto na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com a líder do governo, a crise fiscal enfrentada pelos Estados trará pressão de governadores da oposição sobre parlamentares e até mesmo alguns do PT devem votar pela reforma da Previdência. "Mesmo na oposição, alguns governadores precisam da reforma. Tenho conversado com governadores do Nordeste e até mesmo dentro do PT vamos conseguir um votinho ou outro, pois o governador vai dizer (para parlamentar do PT) que, se não votar, o Estado vai quebrar", afirmou.
No mesmo evento, o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, cobrou prefeitos presentes que se mobilizem junto ao Congresso porque deputados estão querendo tirar Estados e municípios da PEC da Previdência. "Se isso ocorrer seriam necessárias reformas separadas e as situações seriam diferentes", alertou.
Cálculos mostrados por Marinho apontam que, se 2.100 municípios brasileiros forem incluídos na reforma da Previdência, a economia seria de R$ 171 bilhões em dez anos, de R$ 391,30 bilhões em 20 anos e traria R$ 833 bilhões de redução de despesas no total. "O impacto fiscal do município tende a ser maior que essa redução de despesas", concluiu.