Industriais pedem ao governo agenda de estímulo de curto prazo ao pós-Previdência
Bárbara Nascimento e André Ítalo Rocha
São Paulo
23/05/2019 17h54
O ministro, no entanto, teria sinalizado que não há espaço para estímulos antes da reforma da Previdência ser aprovada. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o recado seria de que isso poderia ser conversado após a aprovação das mudanças previdenciárias.
"Senti que não há espaço nenhum dessas coisas acontecerem antes da aprovação da reforma. (O ministro teria dito que) Vamos conversar sobre tudo após a reforma da Previdência", disse Skaf após o almoço.
Guedes teria sinalizado, segundo fontes que estavam no encontro, que medidas de curto prazo antes da reforma da Previdência seriam inócuas.
Para Skaf, as medidas de estímulo de curto prazo serviriam para "dar uma oxigenada para se ter algum tempo". A Fiesp estima que há pelo menos R$ 20 bilhões nas contas inativas do FGTS que poderiam colocar fôlego no consumo, assim como ocorreu há dois anos.
Skaf afirmou que há uma expectativa de aprovação "relativamente rápida" da reforma da Previdência. Ele estima uma aprovação ainda nesse semestre na Câmara, e uma evolução "bastante rápida" no Senado. "Temos que ter paciência de esperar de 30 a 40 ou 50 dias, até fim de junho, início de julho", disse.