PMI de maio reflete recuo da recuperação pós-eleição, diz IHS Markit
Francisco Carlos de Assis
São Paulo
05/06/2019 17h23
Segundo Pollyana, com relação à demanda por serviços, houve pelo menos um pequeno aumento, embora o crescimento tenha caído para a menor taxa de expansão dos últimos meses. "O resfriamento das vendas exerceu um impacto mais pronunciado, à medida que a atividade e os empregos foram reduzidos", explicou.
"Em abril, uma indústria manufatureira resiliente foi suficiente para manter a economia do setor privado dentro do território de crescimento", disse Pollyana, para quem as rachaduras apareceram só em maio.
De acordo com ela, a produção agregada caiu pela primeira vez desde setembro do ano passado, enquanto houve cortes consecutivos no emprego devido à capacidade ociosa e medidas de redução de custos.
"Quanto ao ambiente externo, as empresas enfrentaram mais dificuldades. Por um lado, a desvalorização cambial poderia ter apoiado as exportações, que se contraíram no nível composto pelo sexto mês consecutivo. Por outro lado, uma taxa de câmbio mais fraca elevou os custos das empresas e as empresas tentaram compensar isso cobrando mais por seus produtos", concluiu a economista da Markit.