Azul diz não ter como competir na ponte aérea
Cristiane Barbieri
São Paulo
10/06/2019 12h58
John Rodgerson, presidente da Azul, refuta o argumento de que a companhia está usando artifícios para mudar a regulamentação e conseguir as autorizações de pouso e decolagem ("slots") da Avianca Brasil. "A Azul foi a única a apresentar propostas [na disputa pela Avianca Brasil] que preservariam empregos, consumidores e credores", diz.
"Já a Gol fez um acordo no qual um único credor, o fundo de investimentos Elliott, levou para fora do Brasil US$ 70 milhões, pagos antes dos funcionários, que provavelmente perderam empregos e rescisões."
Segundo ele, a Azul não teria como já operar na ponte aérea, a partir de Congonhas. "Para competir na ponte aérea, é preciso alta frequência de voos, no mínimo um a cada hora", diz. "Hoje, a Azul tem só 13 slots em Congonhas, número inexpressivo se comparado aos mais de 260 slots de Gol e Latam."
Rodgerson diz, referindo-se aos preços praticados pela Azul, que todas as 106 cidades nas quais ela opera estão abertas para que concorrentes coloquem voos. "Exceto um aeroporto, o de Congonhas", diz. "Os brasileiros merecem uma terceira opção em Congonhas, aumentando a concorrência."
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".