Ata repete que, neste momento, risco ligado às reformas é 'preponderante'
Fabrício de Castro
Brasília
25/06/2019 12h48
O BC também voltou a destacar que o balanço de riscos da instituição possui fatores de risco "em ambas as direções" - ou seja, a de baixa e a de alta da inflação. Ao mesmo tempo, o BC pontuou que o risco "preponderante" neste momento é aquele ligado ao andamento das reformas no Congresso.
Assim como registrado no comunicado da quarta-feira passada, quando o Copom manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o colegiado afirmou na ata desta terça que, "por um lado, o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado".
Por outro lado, pontuou, "uma eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária". Além disso, a instituição afirmou que este risco ligado às reformas "se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes".
Observação
Os membros do Copom também reafirmaram na ata que é importante "observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, com redução do grau de incerteza a que continua exposta". Esta avaliação já constou no comunicado do Copom, quando a Selic foi mantida em 6,50% ao ano pela décima vez consecutiva.
Na ata desta terça, o BC também reiterou que "a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural". A taxa estrutural é aquela que, em tese, permite o crescimento econômico sem gerar inflação.