Guimarães: após Petrobras, Caixa tem outras '15' operações de venda de ativos
Fernanda Guimarães
São Paulo
27/06/2019 18h40
A Caixa levantou R$ 7,3 bilhões com a venda das ações ordinárias da Petrobras e marcou o segundo desinvestimento do banco público em 2019, que já vendeu neste ano ações do ressegurador IRB Brasil Re. Em paralelo, a Caixa prepara quatro ofertas de suas subsidiárias, a Seguridade, Cartões, a Asset e a lotérica. O executivo, contudo, não disse quando as operações devem ocorrer.
Ele disse ainda que a Caixa privilegiará operações em bolsa para esses desinvestimentos. As discussões em torno das vendas pelo banco público precisam do aval do Conselho Curador do FI-FGTS, mas o executivo comentou que o aval formal deve ocorrer em até duas semanas. Depois disso é que o banco poderá, ainda, contratar o sindicato de bancos de investimento para as operações. Outros follow ons que a Caixa fará são para venda de suas participações na Alupar e Banco do Brasil. Ainda restam também ações no IRB, mas essa venda deverá aguardar o fim do processo de reestruturação de parcerias em sua área de seguros.
Os investimentos em empresas já listadas e que já deram lucro ao banco devem ser as primeiras, visto que são os investimentos mais maduros.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que também participou da cerimônia, comentou que a oferta demonstrou o interesse do investidor e confiança com a gestão da companhia. "Estamos focados nos ativos em que a Petrobras é dona natural", disse. Sobre a venda das ações da petroleira detidas pela Caixa, Castello Branco comentou. "A Caixa não é um fundo de investimento para ter ações de empresas", disse.
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, destacou que a oferta da Petrobras é relevante ao mercado de capitais e enalteceu o fato de a Caixa ter reservado uma parcela relevante das ações para ofertar ao varejo. "Esse é um sinal importante, que mostra o processo de amadurecimento do investidor brasileiro", disse.