Hamilton Mourão diz que 'reforma da Previdência será boa, não ótima'
Mariana Durão
Rio
15/07/2019 14h55
"Felizmente ela (reforma da Previdência) está encaminhada. Não da forma que nós governo gostaríamos, mas existe um aforismo no meio militar que diz: o ótimo é inimigo do bom. Vamos ter uma reforma boa, mas não uma reforma ótima. Daqui a cinco, seis anos, vamos estar discutindo novamente isso aí. Pode ter certeza disso", disse o general. Ele comparou a reforma da Previdência a um gargalo pelo qual o Brasil tem de sair para ganhar estabilidade.
Mourão disse que o outro passo para reduzir o desvio fiscal é a venda de estatais: "Vamos privatizar o que tiver que ser privatizado". Além disso, o governo seguirá sem fazer novas contratações. "Não vamos contratar ninguém até que a gente consiga equilibrar nossas contas", afirmou.
O vice também incluiu nesta agenda a reforma tributária, com a desoneração da indústria, defendeu a abertura comercial do País e a adoção do voto distrital como forma de baratear as eleições.
"Todos vocês entendem perfeitamente que vivemos uma crise política, econômica e de valores que assaltou a sociedade como um todo. Por que chegamos a essa situação? Temos um sistema político que é difícil de conceber tal a fragmentação partidária", disse à plateia.
"As eleições se tornaram extremamente caras e aí houve a válvula de escape para um ponto onde a corrupção imperou via caixa dois. Para barrar isso a grande coisa é o voto distrital, que na minha opinião torna a eleição mais barata", disse Mourão.