Privatização da BR torna negócio de combustível mais atrativo, avalia professor
Fernanda Nunes
Rio
24/07/2019 14h00
Como a Petrobras repassou 30% do capital da companhia a um grupo de investidores, não significou a entrada ou o fortalecimento de outros agentes. Com isso, a operação não chega a alterar o número de participantes e concorrentes nesse mercado.
"Um agente integrado tem sempre maior poder de fogo do que o que não é integrado. O que muda é a percepção de risco por parte dos agentes que operam no segmento da revenda. Com mais transparência e uma confiança maior na regra do jogo, o setor de revenda fica mais atrativo a novos players e aumenta a qualidade e a intensidade da competição", analisou Almeida.
Ele destaca que a Petrobras já tinha aberto o capital da BR, nos anos 90. Anos depois, fechou o capital no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Na presidência de Michel Temer, voltou a abrir e, agora, repassou o controle da empresa. "Essas idas e vindas ocorreram de acordo com a situação financeira e com a evolução da estratégia da Petrobras", afirmou o acadêmico.
Ainda há questionamentos sobre como a BR vai contribuir com sua estratégia de negócios. "O que é um fato é que a BR é um bom negócio", acrescenta.