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OCDE eleva para 1,9% previsão de crescimento da economia brasileira em 2024

Imagem: Lucas Beber

Alexandre Garcia

Colaboração para o UOL, de São Paulo

02/05/2024 08h41

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) elevou a previsões de crescimento para a economia brasileira em 2024 e 2025. Conforme a nova estimativa, o PIB (Produto Interno Bruto) nacional deve avançar 1,9% neste ano e 2,1% no próximo.

O que diz a OCDE

As novas expectativas de crescimento são melhores do que as anteriores. No último relatório, o órgão previa crescimentos de 1,8% do PIB do Brasil em 2024 e de 2% em 2025. Em ambos os casos, a atualização foi de 0,1 ponto percentual.

Demanda interna vai impulsionar o crescimento do PIB nacional. Segundo a OCDE, o consumo das famílias será determinante para o avanço da economia. A avaliação considera a evolução da massa salarial e o ritmo mais forte da criação de empregos.

O consumo das famílias deve permanecer robusto, sustentado pela evolução da massa salarial e pela criação de emprego mais forte. Do lado da oferta, a produção agrícola deve ficar aquém da colheita recorde do ano passado, em um contexto de condições climáticas menos favoráveis.
OCDE

Fraco crescimento da China é visto como sinal de alerta. Conforme a publicação, as tensões geopolíticas e a desaceleração do principal parceiro comercial do Brasil podem afetar a demanda externa por bens nacionais e impactar no crescimento da economia.

A entidade também prevê melhor crescimento da economia global. A atualização das previsões mostra ainda que o avanço mundial será de 3,1% neste ano e deve acelerar para 3,2% em 2025. O relatório anterior projetava altas de 2,9% neste ano e 3% em 2025.

A OCDE observa também a tendência de desaceleração da inflação. No relatório, o órgão prevê que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve diminuir para 4% em 2024 e 3,3% em 2025.

Altas temporárias de preços não são improváveis. Segundo a OCDE, elevações temporárias da inflação podem ser excluídas. A avaliação é de que o IPCA pode ser afetado por movimentos adversos na agricultura, setor determinante para os preços de alimentos e bebidas.

A queda da inflação também é vista como determinante para novos cortes da Selic. Com o avanço dos preços controlados, a OCDE prevê novas reduções da taxa básica de juros, 8,75% ao ano ao final de 2024 e 8,25% no segundo semestre de 2025.

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