Rial: Santander deve elevar sua carteira de crédito em 10% ao ano até 2022
Aline Bronzati
São Paulo
08/10/2019 14h46
Um dos motores, conforme Rial, será o crédito consignado, aquele com desconto em folha de pagamentos. "Chegaremos a mais de R$ 40 bilhões em crédito consignado no fim de 2019. Há cinco anos não tínhamos nada neste segmento e vamos continuar crescendo", disse Rial durante evento com analistas nesta terça-feira, o 1º Investor Day do banco no Brasil.
O executivo afirmou ainda que o banco mira alcançar um milhão de maquininhas vendidas junto às pessoas físicas por meio da Getnet. Ainda no setor de cartões, o banco, conforme ele, mira o segundo lugar - hoje, é o terceiro.
Nos últimos anos, sob o comando de Rial, o Santander repaginou seu posicionamento no setor de meios de pagamentos. Em cartões, o banco ganhou uma posição e subiu à terceira colocação como emissor, ultrapassando o Banco do Brasil e ficando atrás somente de Bradesco e Itaú, na condição de líder.
Segundo Rial, o banco deve seguir incrementando o seu portfólio de cartões, o que deve aumentar a presença da instituição e a concorrência neste segmento. Dentre os lançamentos previstos, ele comentou que o banco deve disponibilizar no mercado um American Express, com foco no público de alta renda. "Teremos um leque de cartões do banco cada vez mais completo", resumiu Rial, sem dar mais detalhes.
Na área de adquirência, o presidente do Santander disse que a Getnet tem "papel crucial" no crescimento do banco. "Lançamos uma oferta para as pessoas físicas no ano passado e é razoável pensar que teremos 1 milhão de maquininhas na metade do ano que vem", disse ele.
A concorrente Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, acaba de bater a marca de 1 milhão de maquininhas vendidas a pessoas físicas, após ter entrado nesse mercado em março de 2018.