Maia defende FGTS como poupança vinculado a sistema de capitalização
Circe Bonatelli, Bárbara Nascimento, Aline Bronzati e Letícia Fucuchima
São Paulo
15/10/2019 14h08
"O FGTS tem que tentar caminhar para o regime de capitalização, com contas individuais. O trabalhador tem que ter o direito de aplicar o dinheiro dele onde entender que é melhor", defendeu neste terça-feira, 15, durante participação no evento Empresas Mais, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
"Não acho que a gente deva, em um país onde as pessoas têm informação, e estão todas endividadas, estimular o caixa. Não é isso que vai sustentação ao crescimento do nosso País", afirmou Maia, fazendo críticas indiretas à recente liberação de saques do fundo para reanimar a economia, cujo crescimento está em um ritmo abaixo do previsto no começo do ano. "Estimular o consumo ou qualquer outro gasto com o dinheiro do FGTS não vai criar nenhum resultado relevante", completou.
Maia afirmou também que a Caixa Econômica Federal reduza a taxa de administração de 1% sobre o valor total dos ativos do FGTS, de cerca de R$ 550 bilhões. Além disso, defendeu que os cotistas do fundo devem ter uma remuneração, no mínimo, igual à da inflação. "O problema é que a Caixa está tomando R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões dos trabalhadores. Se vai ter lucro de R$ 30 bilhões, por que não devolver R$ 7 bilhões para os trabalhadores?", questionou.