Google compra marca de 'vestíveis' Fitbit por US$ 2,1 bi
Bruno Romani
São Paulo
02/11/2019 08h24
Fundada em 2007, a Fitbit foi uma das primeiras empresas a explorar o mercado de vestíveis, ainda no início desta década. Para analistas, a expectativa é também a de que o negócio ajude o Google a recuperar terreno em um setor dominado pela rival Apple. Dona do Apple Watch, a empresa de Tim Cook fechou o ano de 2018 com metade da participação no mercado global de relógios inteligentes.
Embora tenha um sistema operacional para relógios, o Wear OS, o Google não tem nenhum dispositivo próprio. Além disso, a plataforma não tem a mesma popularidade que o Android - principal fabricante de celulares Android no mundo, a Samsung usa sistema próprio, o Tizen, em seus relógios.
Adquirir a Fitbit pode mudar esse jogo, afirma Eduardo Pellanda, professor da PUC-RS. "Além de ter sido pioneira no mercado, a Fitbit foi a principal marca de vestíveis durante muito tempo", afirma. Segundo o especialista, uma aposta importante é o mercado de saúde, um dos públicos conquistados pela Apple.
Para Renato Franzin, professor da Escola Politécnica da USP, "o Google pode ter concluído que nenhum de seus parceiros estava andando com a velocidade e qualidade imaginados por ele. Agora, a empresa pode ter produtos que funcionam."
Este não é o primeiro esforço da companhia para tentar criar um relógio inteligente. Em janeiro, a Alphabet já havia desembolsado US$ 40 milhões em tecnologia para relógios inteligentes da marca americana Fossil - além da transferência de tecnologias, profissionais dessa empresa foram contratados.
Desde então, porém, nenhuma novidade sobre um possível relógio inteligente do Google foi revelada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.